A Polícia Civil de São Paulo indiciou o deputado estadual Lucas Bove, do Partido Liberal (PL) de São Paulo, por suspeita de violência psicológica contra sua ex-esposa, a influenciadora digital Cinthia Chagas. O casamento do casal teve duração de apenas três meses.
Em suas redes sociais, Cinthia Chagas manifestou satisfação com o indiciamento, ressaltando que essa decisão representa uma vitória para todas as mulheres que enfrentam agressões e muitas vezes não têm coragem de denunciar seus agressores. Ela também afirmou que, embora não tenha sido a primeira vítima de Lucas Bove, espera ser a última.
O caso ganhou atenção pública em setembro de 2024, quando a influenciadora, conhecida por conteúdos relacionados à etiqueta e correção linguística, registrou uma denúncia contra o deputado. Ela alegou ter sofrido agressões físicas e psicológicas, descrevendo o comportamento dele como controlador e agressivo.
Após o registro do boletim de ocorrência, a Polícia Civil abriu um inquérito na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e foram solicitadas medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha para garantir a segurança de Cinthia. Em outubro, a defesa da influenciadora requereu a prisão de Lucas Bove devido ao suposto descumprimento dessas medidas, mas o pedido foi negado pela Justiça, que manteve as medidas protetivas em vigor.
Por sua vez, o deputado negou as acusações, afirmando publicamente que é ele quem estaria sendo vítima no caso e que os fatos estariam sendo distorcidos. Segundo sua declaração, não houve qualquer agressão física ou ameaça contra a influenciadora.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as investigações continuam em sigilo por meio de inquérito policial e que o processo foi encaminhado para o Poder Judiciário. Com o indiciamento, o Ministério Público deverá avaliar o caso e decidir se oferece denúncia formal contra o deputado ou arquiva o procedimento.
