O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais que fazem parte da chamada "lista do Janot".
Entre os alvos dos novos inquéritos, estão os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os inquéritos servirão para apurar se há elementos para a PGR denunciar os investigados por eventuais crimes. Se o Supremo aceitar as eventuais denúncias, os acusados se tornam réus em ações penais.
A revelação das investigações foi feita pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo", que, inicialmente, informou que havia 83 inquéritos abertos. Depois da divulgação das informações pelo jornal, o STF informou oficialmente que Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos e autoridades com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.
Entre os citados está o deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB-MA), que segundo a denúncia, refere-se à época em que o então deputado era governador do Maranhão. Em nota, o deputado José Reinaldo Tavares afirma que não é citado por nenhum delator.
Confira a nota na íntegra:
O Deputado Federal JOSÉ REINALDO (PSB-MA) não foi referido por nenhum dos muitos delatores – “colaboradores”, como dito no despacho do Ministro EDSON FACHIN – da Odebrecht, que apenas se referiram à suposta conduta de um auxiliar seu, quando exerceu o cargo de Governador do Maranhão, mandato encerrado em 31.12.2006. Mesmo sem essa menção, o Ministério Público Federal, segundo a decisão do eminente Ministro EDSON FACHIN, resolveu requisitar a apuração, por ser “possível a conivência do então mandatário do Executivo, circunstância que demanda apuração aprofundada”. Como registrou também o Ministro FACHIN, “apresentado o pedido de instauração de inquérito pelo Procurador Geral da República, incumbe ao Relator deferi-lo (...) não lhe competindo qualquer aprofundamento sobre o mérito das suspeitas indicadas”.
Embora surpreso com a inclusão de seu nome entre os investigados, o Deputado JOSÉ REINALDO mantém-se absolutamente tranquilo, confiante na Justiça brasileira, e manifesta sua absoluta convicção que a apuração demonstrará sua inocência.