Trabalhadores que atuam na obra de reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek, localizada na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins, demonstraram insatisfação com as condições de trabalho e paralisaram as atividades por mais de 24 horas que teve início na manhã de terça-feira (5).
Entre as principais denúncias dos operários estão o pagamento de salários abaixo do acordado, a ausência de horas extras e o não pagamento do adicional de insalubridade, apesar da exposição prolongada ao sol e outras condições adversas. Em um dos vídeos, um trabalhador afirma: “Está com quatro meses que não paga”.
A paralisação afeta diretamente o cronograma da obra, que está prevista para ser concluída em dezembro deste ano.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que entrou em contato com o consórcio responsável pela obra e que os casos deverão ser analisados, “com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários”.
Confira a nota na íntegra:
“O DNIT informa que as obras do contrato nº 00.00958/2024, executadas pelo Consórcio Ponte de Estreito, estão sendo devidamente acompanhadas pela autarquia, tanto em seus aspectos técnicos quanto administrativos.
Com relação à paralisação ocorrida, o DNIT esclarece que está em contato com o consórcio responsável, o qual informou que a contabilização de horas extras dos trabalhadores será tratada caso a caso, com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários.
O DNIT reforça que continuará fiscalizando o cumprimento integral do contrato, com atenção especial ao cronograma físico-financeiro e às obrigações trabalhistas do contratado, a fim de assegurar a regularidade e a continuidade dos serviços”.