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quarta-feira, 9 de abril de 2025

Rio de Janeiro, Porto Alegre e Punta del Este podem ficar submersas até 2100

 Rio de Janeiro, Porto Alegre e Punta del Este podem ficar submersas até 2100

Uma pesquisa da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Singapura, acendeu um novo alerta global sobre os efeitos do aquecimento global. Segundo o estudo, publicado em 29 de janeiro deste ano, o nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, caso as emissões de carbono continuem em alta — um cenário que colocaria em risco cidades costeiras inteiras ao redor do mundo.

— A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência — afirmou o doutor Benjamin Grandey, principal autor da pesquisa.

— Mais importante ainda, esses resultados reforçam a importância de mitigar as mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa — acrescentou.

Se essa previsão se concretizar, diversas cidades da América do Sul poderão ser engolidas pelo avanço do oceano, conforme indica a ferramenta de avaliação de riscos costeiros da organização Climate Central. Entre as mais vulneráveis estão:

– Barranquilla, Colômbia – Situada na foz do rio Magdalena, enfrenta risco elevado de inundações frequentes.
– Maracaibo, Venezuela – Localizada às margens do lago de mesmo nome, sofre com a erosão costeira e a elevação do nível da água
– Rio de Janeiro, Brasil – Áreas litorâneas da cidade podem desaparecer diante do avanço constante do Atlântico.
– Porto Alegre, Brasil – Próxima a corpos d’água, está sujeita a transbordamentos e erosão nas margens.
– Punta del Este, Uruguai – Destino turístico tradicional, pode perder parte significativa de suas praias.
– Entre Ríos e Buenos Aires, Argentina – Diversas áreas dessas províncias estão ameaçadas pelo aumento dos rios e pela erosão costeira.

Como enfrentar a crise climática
O estudo da (NTU), que pode ser conferido na íntegra, reforçam a urgência de medidas concretas contra o aquecimento global. A emissão contínua de dióxido de carbono é a principal causa do aumento das temperaturas globais e do derretimento acelerado das calotas polares.

Sem uma redução expressiva desses gases, futuras gerações poderão assistir à submersão de grandes centros urbanos.

— Esta pesquisa da NTU representa um avanço significativo na ciência do nível do mar. Ao estimar a probabilidade dos cenários mais extremos, ela destaca os impactos graves da elevação do mar nas comunidades costeiras, infraestrutura e ecossistemas, o que evidencia a necessidade urgente de combater a crise climática — disse o professor Benjamin Horton, diretor do Observatório da Terra de Singapura.

Segundo a organização ambiental Earth, embora a redução dos gases de efeito estufa seja essencial, ela não é suficiente. É igualmente necessário adotar medidas de adaptação.

Governos devem investir em sistemas de proteção contra inundações, planejar o crescimento urbano de forma sustentável e reforçar as respostas a emergências climáticas. Sem essas iniciativas, o mundo pode entrar em uma nova era marcada por migrações em massa provocadas pelo colapso ambiental.

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