Presidente em exercício disse desconfiar que oficial da FAB faça parte de um esquema de tráfico internacional de drogas.
O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, disse na manhã desta quarta-feira, 26, que o sargento da Aeronáutica preso na terça-feira, 25, por transportar drogas era uma “mula qualificada”.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, afirmou que, “pela quantidade de droga” que o sargento estava levando – 39 quilos -, “ele não comprou na esquina e levou”. “Ele estava trabalhando como mula e uma mula qualificada”, comentou.
De acordo com o blog Radar, o militar atende pela patente de segundo-sargento Silva Rodrigues. Ele tem 38 anos e, segundo fontes do Planalto, atuava no Grupo de Transportes Especiais da FAB como comissário de bordo. Silva Rodrigues não tinha cargo na Presidência da República e não estava ligado diretamente à equipe presidencial de Bolsonaro, que rumou para o Japão nesta terça-feira. Ele poderia ser requisitado em caso de emergência.
Mourão disse que as Forças Armadas “não estão imunes a esse flagelo da droga”. “Isso não é a primeira vez que acontece, seja na Marinha, seja no Exército, seja na Força Aérea. Agora a legislação vai cumprir o seu papel e esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada”, disse o vice de Jair Bolsonaro.
Ao falar novamente com a imprensa, no fim da manhã, o presidente em exercício afirmou: “Foi o que falei hoje, essa questão do tráfico de drogas atinge a sociedade como um todo, e as Forças Armadas não são um agrupamento que veio de Marte. Ele pertence aqui à nossa população e está sujeita a toda… Seja para o consumo seja para o tráfico.”
O sargento preso embarcou em Brasília, no avião reserva da presidência, o Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea, e que transportava três tripulações de militares para a missão presidencial.
“Aquilo não é avião presidencial. Inclusive, para vocês saberem, o avião que o presidente decolou ontem [terça], esse avião decola, faz pra ver se está tudo bem, desce e é lacrado. Só é aberto novamente quando presidente está para embarcar”, disse Mourão.
A tripulação que desceu na Espanha não embarcaria no voo de Jair Bolsonaro ao Japão, mas estaria no avião de volta do presidente. O chefe do Executivo viaja ao país asiático para participar da cúpula do G-20.
Com informações da Veja