Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Maranhão não registra um caso da doença há 23 anos e ações permanentes de vigilância estão sendo realizadas em todo o Estado.
Vacinação é a principal estratégia para evitar o avanço da doença na população, segundo a SES. (Foto: Divulgação/SES)
O Maranhão está localizado em uma área considerada endêmica e há recomendação para a vacina contra a Febre Amarela, segundo o Governo do Estado. No país, o Ministério da Saúde já registrou 35 casos confirmados da doença desde julho do ano passado.
Porém, o Governo do Maranhão também informou que não é preciso entrar em pânico, pois há ações permanentes de vigilância em todo o território do Estado. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Maranhão não registra um caso de Febre Amarela há 23 anos – os dois últimos ocorreram em Amarante do Maranhão, em 1995.
A Superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, Graça Lírio, disse que a imunização precisa ser permanente.
“Já temos a recomendação para vacinação há algum tempo. Nas décadas de 1980 e 1990 tivemos um surto, que fez o vírus circular aqui, desde então temos a recomendação. A imunização é uma ação permanente”, explicou.
Em relação aos locais com maior risco de aparecimento da doença, Graça Lírio contou que áreas de mata e trabalhadores, como lavradores e madeireiros, estão mais expostos. Além disso, existem pontos onde macacos foram encontrados mortos, mas ela diz que existe atuação da SES nessas regiões.
“Estamos trabalhando com antecedência para evitar casos no estado. Estamos monitorando também as regiões onde há identificação de óbitos de macacos. Investigamos a causa e já atuamos com a vacinação da população das proximidades”, disse.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também anunciou que adota ações de vigilância preventivas para garantir que a doença permaneça erradicada. A principal ação é o reforço da imunização da população, em especial das regiões mais expostas.
Vacinação
A principal estratégia para evitar o avanço da doença é a vacinação da população, segundo a SES. Crianças a partir de 9 meses e adultos até 59 anos devem receber a dose imunizante em um posto de saúde.
Uma única dose protege contra a doença por toda vida, sem necessidade de reforço posterior. Para Graça Lírio, a principal preocupação agora é imunizar aqueles que nunca se vacinaram, como é o caso das crianças.
“Quem já vacinou alguma vez na vida não precisa procurar um posto, já está protegido. Nossa principal preocupação agora é vacinar aquelas crianças que não foram vacinadas. É um público que temos uma cobertura baixa”, destacou Graça Lírio.
Quem pretende viajar para uma área de risco da doença precisa ficar atento ao prazo para efeito do imunizante, de acordo com a SES. A vacina garante imunidade de 80% a 100% após 10 dias e de 100% após 30 dias.
Crianças menores de 9 meses, pessoas com alergia grave ao ovo, com câncer ou passaram por transplante não devem receber a dose da vacina. Aqueles com deficiência no sistema imune também devem consultar um médico para orientações, informou a Secretaria de Saúde.