Governador eleito Flávio Dino.
Mais um ano que termina.
Entre alegrias, tristezas, realizações, erros, acertos, sucessos e frustrações, o ano de 2014 chega ao seu crepúsculo para dar lugar à aurora de 2015.
Reeleição da presidenta Dilma depois do “calor” que sofreu de um Aécio ressurgido das cinzas; Operação Lava Jato, que expôs as tripas da corrupção histórica na maior e mais querida das nossas estatais, a Petrobrás, além de colocar em xeque a reputação de grandes empreiteiras, velhas conhecidas dos esquemas de financiamento de campanha; a Copa dos 7 x 1, maior evento do futebol mundial realizado na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro; as “sofrências pablianas”, enfim, 2014 se despede deixando cada brasileiro livre para fazer seu balanço e chegar à conclusão se foi um ano positivo ou negativo de modo geral.
No Maranhão, o fato mais importante foi sem dúvida alguma a eleição do primeiro governador na história do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Aliás, o fato de ser do PCdoB é mais emblemático do que propriamente Dino ter vencido o grupo Sarney, já que a vitória de Jackson Lago em 2006, ao menos para o bobdyla, foi bem mais marcante e mexeu muito mais com o brio do povo maranhense do que o resultado eleitoral de 2014 com a vitória do comunista. É que o Jackson vinha de longe…
A vitória de Flávio Dino para o governo do Maranhão pode ser considerada como uma espécie de “segunda chance” dada pelo povo maranhense às forças ditas “antissarney”, para que possam implantar as “mudanças” no estado.
O governo e o governador
Mas o fato, e é sempre muito bom ficar de olho nos fatos, é que 2015 será um ano de muitas, muitas expectativas.
Assume um governador eleito com quase 64% dos votos e com a responsabilidade de logo nos primeiros meses de governo mostrar a que veio. É muito pouco provável que os maranhenses tenham paciência para escutar de Flávio Dino que os primeiros 365 dias de gestão serão apenas para “arrumar a casa”.
O comunista comandará um governo com “ilhas” de interesses políticos e econômicos diversos. Terá que evitar o surgimento de homens fortes, sempre tão nocivos a qualquer governo, e a história recente do Maranhão e do Brasil está aí para comprovar.
Uma coisa empoderar alguns colaboradores colocados em posições estratégicas, outra totalmente diferente é deixar que apenas uma única pessoa seja o senhor do governo. Se é para ter um homem forte no Palácio dos Leões que seja o governador Flávio Dino.
Da mesma forma, o chefe do executivo estadual terá que confiar na sua equipe, em cada um dos seus secretários no sentido de fazer com que todos tenham a autonomia necessária para tocar os projetos das pastas consoante ao que foi apresentado na campanha em forma de programa de governo.
O desafio é saber exercer o poder com autoridade sem ser autoritário. Ou seja, não fazer da sua autoridade política e administrativa um instrumento de perseguição a adversários políticos e desafetos pessoais. O princípio newtoniano de que “toda ação corresponde a uma reação de igual ou mais intensidade” vale também para os que estão no exercício do poder.
É muito comum ouvir a afirmação: “Flávio Dino não será como o Jackson Lago”.
Confesso que não saberia dizer exatamente em quais aspectos do comportamento do saudoso governador trabalhista as pessoas se referem, mas não seria mau se Dino for como o Jackson em alguns momentos, sobretudo quanto à simplicidade.
Também é muito importante tomar cuidado com os bajuladores que sempre aparecem em forma de pessoas “preocupadas” como o governador.
Enfim, que ao sair da Assembleia Legislativa depois de ter tomado posse no cargo de governador do Maranhão, pegar o helicóptero e posar nos jardins do Palácio dos Leões, Flávio Dino dispa-se de todas as vaidades e soberbas próprias do poder, e vista-se das virtudes de um bom cristão, de um homem do povo, de simples mortal, tal como as “pessoas invisíveis, mais simples e esquecidos deste estado”.
O Blog do bobdyla deseja sucesso ao futuro governador do Maranhão.
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