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terça-feira, 24 de abril de 2018

STF derruba decisão de enviar delação envolvendo Lula para Moro




A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (24) derrubar a decisão individual do ministro Edson Fachin que determinou o envio de acusações de delatores da Odebrecht contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.

De acordo com os delatores, entre eles Marcelo e Emílio Odebrecht, a empreiteira teria custeado despesas pessoais de Lula, como reformas em um sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP), a compra do terreno para instalação do Instituto Lula em São Paulo e pagamentos por palestras realizadas pelo ex-presidente em eventos organizados pela empreiteira no exterior.

Por 3 votos a 2, seguindo voto divergente do ministro Dias Toffoli, a Turma entendeu que as acusações contra Lula não têm relação com os desvios de recursos na Petrobras, cujo relator é o juiz Sérgio Moro. Dessa forma, o processo deve ser enviado para a Justiça Federal em São Paulo, onde os supostos crimes ocorreram. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes seguiram o voto de Toffoli. Edson Fachin e Celso de Mello não conheceram o recurso.

Na decisão, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Fachin desmembrou parte dos depoimentos de delação de executivos da empreiteira Odebrecht e enviou os fatos para Justiça Federal em Curitiba. No entanto, a defesa de Lula discordou da decisão, e o recurso foi julgado na sessão do colegiado.

Defesa

Em nota, a defesa de Lula disse que a decisão da Segunda Turma reforça o entendimento que sempre foi sustentado pelos advogados. Segundo Cristiano Zanin, o juiz Sérgio Moro não é competente para julgar as acusações.

“Não há qualquer elemento concreto que possa justificar a competência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba nos processos envolvendo o ex-presidente. Entendemos que essa decisão da Suprema Corte faz cessar de uma vez por todas o juízo de exceção criado para Lula em Curitiba, impondo a remessa das ações que lá tramitam para São Paulo”, afirmou Zanin.

*texto atualizado às 18h39 para incluir posicionamento da defesa do ex-presidente Lula

Foro privilegiado deve cair, diz Gilmar Mendes


Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deve restringir o alcance do foro privilegiado, afirmou hoje (24) o ministro Gilmar Mendes. “Acho que o foro [privilegiado] cai, pela maioria já manifestada, mas haverá nuances. Os casos funcionalmente relevantes, aqueles crimes praticados no exercício do mandato, ficarão no Supremo Tribunal Federal. E isso vai dar ensejo a muitas interpretações”, disse hoje (24) o ministro do STF em evento promovido pela revista Vejasobre fake news (notícias falsas) na capital paulista.



Casos funcionalmente deverão continuar no Supremo, diz o ministro Gilmar Mendes (Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil)


No debate sobre as fake news, o ministro comentou que a própria expressão “foro privilegiado” traz a possibilidade de discursos falsos. “O próprio nome já designa uma pretensão negativa. 'Olha, é algo anti-igualitário'. E, a partir daí, eu posso fazer uma série de discursos dizendo que o foro privilegiado resulta em impunidade”.

O ministro do STF citou aspectos da Justiça que mereceriam destaque, mas que ficam à margem de debates como o do foro privilegiado.

“Alguém já discutiu a Justiça Criminal no Brasil e sabe como ela funciona? Prescreve no Brasil crime de júri, portanto, estou falando de homicídio e tentativa de homicídio dolosos, que são julgados pelo júri. Vinte anos para a prescrição. Prescreve, e a gente não consegue julgar. Aí, a gente diz: 'o problema do Brasil é o foro'. Aí vem o segundo debate: 'o problema do Brasil é essa coisa do trânsito em julgado, segunda instância resolve todos os problemas'. [Isso] em um país em que só 8% dos homicídios são desvendados”, argumentou Gilmar Mendes.

Moro

Questionado sobre suas críticas ao juiz federal Sérgio Moro, ele que é a favor de operações como a Lava Jato e a que investigou o chamado mensalão, mas discorda do uso que o Judiciário tem feito das prisões provisórias. “Acho fundamental [a investigação], acho que nós tínhamos que passar por esse processo de depuração. Daí a achar que, por exemplo, as prisões alongadas lá de Curitiba, sobretudo aquelas que têm como objetivo obter delação, são regulares e compatíveis com a Constituição, vai uma distância muito grande”, afirmou.

Segundo o ministro, a prisão, em um primeiro momento, pode ser justificada, mas depois pode não ser mais necessária, e isso precisa ser examinado. “Se se usa a prisão provisória com o objetivo de obter delação, e não só o juiz Sérgio Moro faz isso, mas alguns procuradores em Curitiba defendem isso, eu acho um problema. E acho um problema inclusive no contexto do Estado de Direito, se é que não estamos transformando a prisão provisória em um instrumento de tortura. Eu sou realmente muito crítico desse tipo de prática e vou continuar criticando.”

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Mais de mil venezuelanos que estão em Roraima devem ser transferidos para outros estados





O Ministério do Desenvolvimento Social pretende transferir para outros estados mais mil imigrantes venezuelanos que estão em Boa Vista, Roraima.

A ação faz parte do processo de interiorização dos imigrantes para desafogar a capital Roraimense que acolhe, atualmente, cerca de 40 mil venezuelanos, de acordo com estimativa da prefeitura.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o Ministro Alberto Beltrame já se reuniu com representantes do governo de Santa Catarina, para discutir a possibilidade de acolhimento de pessoas que chegam ao Brasil, fugindo da crise política e econômica na Venezuela.

Este mês, 256 imigrantes foram encaminhados para as capitais São Paulo e Cuiabá, com auxílio do ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Em maio, o governo federal vai encaminhar outros grupos para as cidades de Manaus e São Paulo, em abrigos da sociedade civil.

Segundo o MDS, as cidades de Porto Alegre, Brasília e Campinas se colocaram à disposição para o recebimento de venezuelanos. O ministério informou que cerca de mil novos imigrantes devem ser transferidos para essas três cidades, até o fim de maio.

O governo municipal de Porto Alegre confirma a informação. A prefeitura de Campinas diz ter disponibilidade de receber trinta venezuelanos. O Governo de Brasília não confirmou a disponibilidade de receber os imigrantes em processo de interiorização, até o fechamento desta reportagem.

Nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, o governo está construindo onze abrigos, com capacidade para 500 pessoas, cada um.

Em nota, o MDS confirma que o órgão negocia com redes de assistência social em outras cidades, a respeito da abertura de mil vagas em abrigos para receber os venezuelanos, ainda em maio.

Segundo a pasta, as pessoas devem demonstrar interesse em morar e trabalhar nessas cidades. Além disso, devem estar imunizadas e com documentação regularizada.

PSTU lança uma sindicalista como pré-candidata à Presidência





O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU lançou neste sábado, em São Paulo, a sindicalista, Vera Lúcia como pré – candidata da legenda à Presidência. Hertz Dias foi apresentado como vice da chapa.

Vera tem 50 anos, é natural de Pernambuco, mas migrou ainda criança com a família para Aracaju, em Sergipe. Lá trabalhou como operária da indústria de calçados, e aos 19 anos começou a atuar como ativista sindical. Vera Lúcia foi uma das fundadoras do PSTU, após o partido romper com o PT, no início dos anos 90.

Ela cursa Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe e já foi candidata a deputada federal e a prefeitura de Aracaju. Hoje, é professora sindical pelo Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos.

Além de Vera Lúcia, já apresentaram as pré-candidaturas, Álvaro Dias pelo Podemos; Ciro Gomes PDT; o ex presidente Fernando Collor do PTC; Flávio Rocha do PRB; Geraldo Alckmin do PSDB; Guilherme Boulos do PSOL; Jair Bolsonaro do PSL; João Amoêdo do Partido Novo; José Maria Eymael do PSDC;

Levy Fidelix do PRTB; Manuela D’Ávila do PCdoB; Marina Silva, Rede Sustentabilidade; Paulo Rabello de Castro, PSC; Rodrigo Maia pelo democratas; Aldo Rebelo pelo Solidariedade; e o ex presidente Lula pelo PT.

MDB e PSB ainda não apresentaram pré-candidaturas. Os partidos políticos devem promover convenções nacionais com os filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelas legendas é dia 15 de agosto.

Indígenas de mais de 100 etnias fazem mobilização em Brasília


A partir de hoje (23), representantes de mais de 100 etnias estão reunidos no 15º Acampamento Terra Livre (ATL), no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. A expectativa é que mais de 3 mil pessoas participem do encontro. Os indígenas apelam por mais atenção à demarcação de terras, cuidados com saúde e educação, assim como investimentos específicos.

Os apelos ocorreram em meio às divergências sobre a instalação do acampamento: os indígenas defendiam na Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional Cláudio Santoro, mas o Governo do Distrito Federal não autorizou. Houve confusão e, depois, foi definido o local. Os indígenas deverão usar tendas de lona no Memorial.



Indígenas de todo Brasil fazem manifestação no Acampamento Terra Livre (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Acampamento Terra Livre é considerada a maior mobilização de indígenas do Brasil. Doutorando em Direito, o líder indígena Dinamam Tuxá pediu que as autoridades públicas invistam em um sistema de educação menos conservador. Segundo ele, é necessário respeitar o indígena de tal forma que não seja tratado como um "ser exótico". De acordo com ele, o preconceito vem na infância, nos livros escolares, em que os indígenas aparecem nus e alheios à tecnologia.

Casada com um branco, a líder Telma Tapirapé é considerada uma rebelde entre os indígenas. Indiferente às críticas, ela incentiva a participação feminina nas mobilizações e elogiou a atuação das mulheres kaingang. Entre os indígenas, há o costume de ouvir apenas as lideranças, nem todos falam. Telma rompeu este hábito.



Mulheres indígenas de todo o Brasil chegam ao Acampamento Terra Livre (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

"Se jogasse um alfinete no meio do salão, você o ouvia cair. Tava todo mundo calado. Eu disse: 'Agora, tão aqui as mulheres e elas precisam falar.' Quando terminei, todo mundo aplaudiu e eu saí. Veio um branco e disse: 'Meu Deus, você acaba de quebrar um protocolo aí", contou Telma Tapirapé referindo-se a reuniões anteriores.

Consciente dos problemas que perpassam entre os indígenas e brancos, Telma Tapirapé costuma abordar a necessidade de ações de combate à dependência química e álcool, assim como o fortalecimento do empoderamento feminino. Segundo ela, uma das suas preocupações se concentram no atendimento às mulheres vítimas de violência de gênero.

Até o próximo dia 27, há programações intensas no Acampamento Terra Livre com reuniões plenárias, rituais, rezas, danças, lançamentos de publicações e a projeção de filmes e documentários.

*Colaborou Letycia Bond

PGR quer veto a projeto que reduziria poder de fiscalização do TCU


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou hoje (23) pedido feito à Presidência da República para que vete integralmente o Projeto de Lei (PL) 7.448/2017 que altera a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. O presidente Michel Temer tem até a próxima quarta-feira (25) para sancionar ou vetar, parcialmente ou integralmente, a proposta.



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fala em evento do TCUque debateu as consequências do Projeto de Lei 7448/2017 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Segundo a procuradora-geral, se for sancionada, a proposta afetará a atuação dos órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) e os ministérios públicos. “Há o risco do retrocesso com a sanção integral do Projeto de Lei 7.448”, disse ela, na sede do TCU, que promoveu diálogo público para discutir as consequências do projeto.

“Esta proposta legislativa irá dificultar ou até impedir que fiscalizemos o cumprimento dos princípios constitucionais como impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade na aplicação do dinheiro público”, acrescentou. Para ela, a sanção da proposta pode agravar a corrupção e a ineficiência administrativa.

Em nota técnica enviada no dia 13 de abril ao Palácio do Planalto, Raquel Dodge já havia alertado para a gravidade da proposta, destacando que a alteração da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, prevista no PL, afeta diretamente a aplicação da Lei de Improbidade Administrativa, que não é uma opção do legislador, mas uma exigência da Constituição.
Análise da AGU

Presente ao evento, a advogada-geral da União (AGU), Grace Mendonça, disse que o assunto é de interesse de toda a sociedade brasileira e está sob exame no órgão e nos ministérios da Transparência e Controladoria-Geral da União e da Justiça. “Estamos nos debruçando sobre os artigos inseridos neste projeto. Ainda estamos analisando e avaliando essa proposta”, afirmou.

Um dos pontos polêmicos apontados pelos ministros do TCU é o Artigo 28. O dispositivo prevê que só em caso de dolo ou erro grosseiro o agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas. Segundo o tribunal, pela proposta, o agente público poderia ser negligente, imprudente e imperito que nada lhe aconteceria, pois estaria isento de responsabilidade.

Segundo análise da consultoria jurídica do TCU, o Artigo 25 da proposta seria inconstitucional porque retiraria da apreciação dos tribunais de contas o exercício de suas competências relativas à verificação da regularidade dos atos, contratos, processos e normas da administração pública. Na prática, segundo o TCU, esse artigo permitiria submeter ao Judiciário um edital de licitação ou um contrato de concessão de uma rodovia, por exemplo, a fim de que o juiz o declare válido, sobre os seus múltiplos aspectos, e “ainda declare a sua adequação e a economicidade de seus preços”.
Nota de Anastasia

Em nota, a assessoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), autor do projeto, disse que, no três anos em que o projetou tramitou no Congresso Nacional, o senador não foi procurado por qualquer órgão que apontasse críticas ao projeto.

“Pelo contrário, o conjunto da proposta chegou a ser recomendado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como ‘Conselhão’, entre as 15 recomendações que, na avaliação de membros do colegiado, vão contribuir para a recuperação do país, e foi apoiado por entidades como a Sociedade Brasileira de Direito Público, formada por especialistas e professores da área. O projeto não altera qualquer competência dos tribunais de contas, até porque é a Constituição Federal que prevê essas competências, algo que nenhuma lei ordinária pode modificar”, diz a nota.

Anvisa autoriza venda de novos genéricos para HIV e pressão alta



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para a comercialização de quatro novos medicamentos genéricos. A autorização foi publicada na edição desta segunda-feira (23) do Diário Oficial da União (DOU). Um deles é o Entricitabina combinado com Fumarato de Tenofovir Desoproxila, produto usado para o tratamento de pessoas que contraíram o vírus HIV. O medicamento de referência é o Truvada, cujas indicações incluem a profilaxia pré-exposição (PReP), usada para reduzir o risco de infecção pelo vírus adquirido sexualmente em adultos de alto risco. No Brasil, a detentora do registro é a Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S/A.

Outro produto genérico inédito com registro aprovado pela Anvisa é o Perindopril Erbumina combinado com Indapamida, indicado para o tratamento da hipertensão arterial (pressão alta), que acomete uma a cada quatro pessoas adultas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A empresa detentora do registro no país é a EMS S/A.



Medicamentos genéricos devem ser ao menos 35% mais baratos - Arquivo/Agência Brasil

Entre os produtos aprovados pela Anvisa, está também o genérico inédito Bilastina, indicado para o tratamento sintomático de rinoconjuntivite alérgica (intermitente ou persistente) e urticária. A empresa detentora do registro é a EMS S/A. A Anvisa ainda autorizou a venda do medicamento genérico Undecilato de Testosterona. Esse produto é usado em terapias de reposição de hormônio sexual em homens que apresentam hipogonadismo primário e secundário (doença que faz com que homens produzam pouca testosterona). A detentora do registro desse medicamento no Brasil é Eurofarma Laboratório S/A.

Preço

Pela legislação brasileira, o medicamento genérico deve ser disponibilizado no mercado com um desconto de, pelo menos, 35% em relação ao preço máximo da tabela da Anvisa. Somente em 2016, foram comercializadas 1,46 bilhão de embalagens de genéricos no Brasil. Essa quantidade representou 32,4% de todas as vendas efetuadas no ano, de acordo com informações da segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, lançado do pela Anvisa em 2017.

Recurso de Lula será julgado em sessão virtual da Segunda Turma do STF


Por 
André Richter - Repórter da Agência Brasil  Brasília




O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou hoje (23) para julgamento virtual na Segunda Turma da Corte o novo recurso no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende derrubar a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP).

Com a decisão, o caso será julgado pelo site do STF e será aberto um prazo para que os ministros entrem no sistema e possam proferir seus votos. Encerrado o prazo, o resultado do julgamento será publicado. Dessa forma, não haverá reunião presencial para julgar o caso. Em geral, o julgamento virtual é usado para decisões que não têm grande repercussão e que possuem jurisprudência pacífica.

Na reclamação, a defesa de Lula sustenta que Moro não poderia ter executado a pena porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), segunda instância da Justiça Federal. Para os advogados, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou, em 2016, as prisões após segunda instância deve ser aplicada somente após o trânsito em julgado no TRF4.

No dia 5 de abril, ao determinar a prisão, Moro explicou que, embora caiba mais um recurso contra a condenação de Lula, os chamados embargos dos embargos, a medida não poderá rever os 12 anos de pena. "Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não houve divergência a ensejar infringentes. Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico. De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância", disse.
Edição: Amanda Cieglinski

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Mais de 800 multas foram aplicadas por uso do celular ao volante no MA





Só este ano, um total de 869 multas já foram aplicadas no Maranhão a condutores de veículos que dirigem usando o telefone celular. Ano passado, o número de multas por este tipo de infração foi de 5.099.

Na direção de qualquer veículo, o condutor não pode usar nenhum dispositivo móvel. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, aquele que for flagrado falando ao celular ou mandando mensagens enquanto estiver no volante estará cometendo infração considerada gravíssima e sujeito a pagar multa no valor de R$ 293,47 além de receber sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Em São Luis, onde a maior parte das multas foi aplicada, a Prefeitura deu início em fevereiro ao videomonitoramento do tráfego em tempo real nas vias da cidade. Executado pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o monitoramento é realizado via Centro de Controle e Operações (CCO), instalado na sede da SMTT

terça-feira, 17 de abril de 2018

Procon orienta consumidor sobre ressarcimento por dano a aparelho em queda de energia





Chuvas torrenciais vêm causando grandes e vários transtornos em todo o Maranhão. E basta o período de chuva chegar para trazer junto a preocupação com equipamentos elétricos, em virtude de fortes tempestades que causam enchentes, quedas e falhas no fornecimento de energia elétrica.

Em decorrência disso, cresce o número de reclamações de consumidores a respeito de aparelhos queimados devido à sobrecarga de energia. A queima, geralmente, acontece quando a energia é restabelecida, o que causa maior corrente e tensão. Nesses casos, a concessionária de energia deve arcar com o prejuízo causado ao consumidor.

De acordo com o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, as empresas ou concessionárias de energia possuem a obrigação de fornecer serviços adequados, eficientes e seguros. Caso haja o descumprimento dessas obrigações, incluindo queima de aparelhos, a distribuidora de energia é obrigada a arcar com o prejuízo.

Além disso, segundo os artigos 203 a 211 da Resolução 414/2010, da Aneel, o primeiro passo é solicitar o ressarcimento à distribuidora de energia. Para isso, é preciso entrar em contato com a empresa em até 90 dias, a contar da data provável em que o equipamento foi danificado.

Após a solicitação, a distribuidora de energia possui o prazo de dez dias corridos para inspecionar o equipamento eletrônico danificado. Essa inspeção pode ser realizada em uma oficina autorizada pela distribuidora, na unidade consumidora, além da própria distribuidora, quando esta retira o equipamento para análise. Assim, o consumidor não deve consertar o equipamento antes dessa avaliação ser realizada.

Em seguida, a distribuidora tem até 15 dias corridos para informar ao consumidor o resultado da análise do pedido de ressarcimento. Quando houver qualquer pendência de responsabilidade do consumidor, o prazo fica suspenso. Se comprovada a queima por conta de descarga elétrica, a distribuidora tem até 20 dias corridos para efetuar o conserto, providenciar o pagamento em dinheiro ou substituir o equipamento danificado.

“É preciso que o técnico comprove se esse dano foi mesmo provocado pela falha na distribuição de energia. Uma vez comprovado, se a concessionária de energia se recusar a realizar o ressarcimento do prejuízo, é importante que o consumidor formalize sua reclamação em uma das 50 unidades físicas do VIVA/Procon”, explica a presidente do órgão, Karen Barros.

As reclamações também podem ser formalizadas pelo site do órgão, redes sociais ou aplicativo disponível para Android e IOS.



Com informações da Assessoria

terça-feira, 10 de abril de 2018

Petista Lula não terá privilégios em visitas, decide Moro





O juiz Sergio Moro decidiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá esquema diferenciado em visitações na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde está preso desde sábado (7).

“Além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o condenado”, afirmou Moro em despacho desta segunda (9).

“Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública.”

Moro diz que a medida também não justificará a concessão de privilégios aos demais condenados.

A chamada “sala de Estado Maior” é uma sala reservada, onde Lula fica separado dos demais presos. Ele poderá receber visitas apenas às quartas-feiras, com exceção dos seus advogados.

Ele tentava incluir no rol de visitantes parlamentares do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann.

Nesta segunda (9), o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que ele deve estar em um esquema de visitas comuns, como os outros presos. A Polícia Federal não informa a quantidade de visitantes que o petista poderá receber.

As ruas ao redor do prédio da Polícia Federal estão bloqueadas para entrada somente de policiais, jornalistas, moradores e pessoas que tenham algum procedimento marcado com a instituição.

Ao redor do bloqueio há um acampamento de apoiadores de Lula. Eram 500 pessoas na segunda, conforme a polícia. Os manifestantes afirmavam que eram 1.000.


GOVERNADORES

Nesta terça, o PT espera a chegada de dez governadores a Curitiba, mas eles não têm autorização para visitar Lula.


O senador Roberto Requião (MDB-PR) peticionou durante a manhã, no processo de execução da prisão de Lula, pedido para que sejam autorizadas visitas especiais ao político.

No documento, Requião pede autorização especial para que ele, os governadores do Acre, Bahia, Ceará, Alagoas, Maranhão, Minas, Paraiba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além de Gleisi, do senador petista Lindbergh Farias (RJ), do vice-presidente do PT, Márcio Costa Macedo, e do ex-deputado federal Ângelo Vanhoni, tenham acesso ao ex-presidente ainda nesta terça-feira, às 14h.

Dessa lista, o PT não prevê que o governador do RN, Robinson Faria (PSD), esteja na comitiva.

O pedido deve ser julgado pela juíza federal substituta Carolina Lebbos, responsável por executar a pena.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

54 prefeituras maranhenses têm dinheiro da saúde bloqueado





Um relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, nessa quarta-feira (4) deixou 54 municípios maranhenses em alerta e com recursos públicos bloqueados. E o motivo é a desatualização dos cadastros das prefeituras. De acordo com o ministério, estes municípios estão com as contas correntes destinadas ao Fundo Nacional de Saúde desatualizadas e, dessa maneira, não podem movimentar os recursos.

Em nota, a Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde explica que a publicação da Portaria nº 3.992/2017, do Ministério da Saúde, criou a conta corrente única para o Bloco de Financiamento em Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde e a conta corrente única para o Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os recursos financeiros destinados aos municípios maranhenses já foram depositados nas contas correntes desde o início do ano, porém, sem a devida regularização das contas correntes na agência bancária de relacionamento, estes não podem ser movimentados.

Veja a lista dos municípios:

ALTAMIRA DO MARANHAO
ALTO ALEGRE DO MARANHAO
ALTO PARNAIBA
AMAPA DO MARANHAO
BACURI
BENEDITO LEITE
BEQUIMAO
BERNARDO DO MEARIM
BOM LUGAR
BREJO DE AREIA
BURITIRANA
DAVINOPOLIS
DOM PEDRO
FERNANDO FALCAO
FORMOSA DA SERRA NEGRA
FORTALEZA DOS NOGUEIRAS
FORTUNA
GODOFREDO VIANA
GRACA ARANHA
ICATU
IGARAPE GRANDE
ITAIPAVA DO GRAJAU
JOAO LISBOA
LAGO DA PEDRA
LAGO DO JUNCO
LAGO VERDE
LORETO
LUIS DOMINGUES
MARACACUME
MARANHAOZINHO
MATOES DO NORTE
MATOES DO NORTE
MILAGRES DO MARANHAO
NOVA COLINAS
NOVA IORQUE
PARAIBANO
RAPOSA
RIBAMAR FIQUENE
SAMBAIBA
SANTA FILOMENA DO MARANHAO
SANTA QUITERIA DO MARANHAO
SANTO AMARO DO MARANHAO
SAO BENEDITO DO RIO PRETO
SAO DOMINGOS DO AZEITAO
SAO DOMINGOS DO MARANHAO
SAO FRANCISCO DO MARANHAO
SAO JOSE DOS BASILIOS
SAO MATEUS DO MARANHAO
SAO PEDRO DA AGUA BRANCA
SERRANO DO MARANHAO
SITIO NOVO
SUCUPIRA DO NORTE
TASSO FRAGOSO
VITORINO FREIRE

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Quem é Rosa Weber, ministra do STF que pode dar voto decisivo no julgamento de habeas corpus de Lula




© Foto: Rosinei Coutinho/STF Quem é Rosa Weber, responsável por voto decisivo para liberdade de Lula no STF



Coube à ministra Rosa Weber - descrita na imprensa nos últimos dias como o "equilíbrio institucional do STF" ou mesmo como "moderadora do Supremo" - enunciar, em 22 de março, a então surpreendente decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi dela a solução que impediu a prisão de Lula pelas últimas duas semanas.

Agora, nesta quarta-feira, quando o Supremo voltará a se reunir para decidir se concede ou não um habeas corpus a Lula, também pode caber a Weber um voto decisivo - e o mais aguardado do julgamento. Isso porque Weber, ao contrário de outros ministros, não tem dado pistas de como será seu voto.

Em 2016, quando o Supremo decidiu por maioria de 6 a 5 que a prisão de réus pode ocorrer após condenação em segunda instância (que é o caso de Lula), Weber foi um dos votos contrários. Desde então, porém, ela tem, em suas próprias decisões, colocado em prática a orientação adotada pela maioria da Corte.

Conhecida pela atuação discreta, foi Weber quem sugeriu, em 22 de março, que o julgamento do HC de Lula fosse suspenso - visto que já eram 19h (horário de Brasília) - mas ressalvou que, dada a impossibilidade de que o Tribunal decidisse a questão, isso não deveria representar um prejuízo para o ex-petista.

Logo, sugeriu que o pedido da defesa de salvaguardar a liberdade do ex-presidente fosse aceito até que o STF voltasse a apreciar o assunto, nesta quarta-feira.

Não está claro se foi ela quem teve a ideia de suspender o julgamento ao mesmo tempo em que concordava parcialmente com a defesa ou se Weber, por ser tida como a menos exaltada dos ministros, acabou escolhida para apresentar a ideia.

Tão logo enunciou o plano, Weber recebeu ampla acolhida dos colegas: o ministro Marco Aurélio Mello chegou a mostrar um cartão de embarque impresso para dizer que não poderia continuar na sessão, mas que concordava plenamente com a sugestão de Weber. Além de Mello e Weber, concordaram com a tese Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Ao computador

O STF foi mergulhado em um clima de tensão nas últimas semanas, com a proximidade da conclusão do julgamento do Lula em segunda instância, o que viabilizaria sua prisão imediata. No final de março, o estresse entre os magistrados transbordou em discussão entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes durante uma sessão.

Ambos trocaram insultos e acusações, que incluíram até mesmo a afirmação de que Gilmar sofreria de "pitadas de psicopatia". No plenário Supremo Tribunal Federal, enquanto os colegas se agrediam, a ministra Rosa Weber mexia tranquilamente em seu computador.

O comportamento avesso à polêmica é representativo de seu histórico de pouco mais de seis anos como ministra da Corte.

Diferentemente de ministros que costumam fazer aparições frequentes na mídia e dar declarações públicas sobre os mais diversos assuntos, Weber demonstra suas convicções principalmente por meio de seus votos – que costumam ser objetivos e rápidos. Ela não demonstra encantamento pelo protagonismo nas transmissões da TV Justiça.

Diante de altercações frequentes entre ministros do STF nos últimos anos, Weber tem arrancado elogios no ambiente jurídico por não antecipar votos, não comentar casos nem desrespeitar os colegas.

No começo da semana, no entanto, os olhares se voltaram para ela justamente por causa do julgamento no STF do habeas corpus preventivo de Lula.

Desde 2016, quando a decisão do STF foi tomada, ela tampouco voltou a se pronunciar publicamente sobre o tema.

Quem é Rosa Weber? 

Weber foi a primeira juíza do trabalho e a terceira mulher a se tornar ministra na história do STF. Aos 69 anos, tem apenas mais um ano no Supremo – ministros são obrigados a se aposentar aos 70.

Filha de um médico e de uma pecuarista, Weber é casada com um procurador do Estado aposentado e tem dois filhos. É fluente em francês e torce pelo Internacional.

Nascida no Rio de Janeiro, se formou em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde desenvolveu boa parte da carreira. Entrou para a magistratura em 1976 e alcançou o cargo de juíza do Tribunal Regional do Trabalho em Porto Alegre em 1991.

Deu aula de direito por apenas um ano, entre 1989 e 1990, na PUC-RS. Em 2006, foi indicada para o Tribunal Superior do Trabalho pelo então presidente Lula.

O perfil mais técnico e menos político de Weber foi um dos fatores que pesaram em seu favor quando foi indicada pela presidente Dilma Rousseff, em 2011, para assumir o lugar da ex-ministra Ellen Gracie na Corte Suprema. À época, o governo petista buscava um nome que tivesse forte currículo jurídico e cuja indicação não gerasse controvérsia.

Dilma já havia expressado intenção de indicar uma mulher e analisava vários nomes. Weber foi amplamente defendida pelo então governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e pelo ex-marido da presidente, Carlos Araújo.

O perfil discreto que hoje motiva elogios foi alvo de críticas à epoca de sua nomeação. Na sabatina que enfrentou na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, ela se recusou a responder algumas perguntas por estar impedida de comentar assuntos em andamento na Justiça – o que levou o jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, a dizer que "Rosa Weber não se saiu bem na sabatina a que foi submetida".

No entanto, ela foi aprovada por 19 votos contra 3 – em grande parte graças às respostas diplomáticas que deu às perguntas mais capciosas.

Desde então, a ministra tem mantido a mesma postura no STF. Como ela não fala fora do autos, seu posicionamento precisa ser analisado com base no padrão de sua decisões. A tendência que surge daí, no entanto, não é certeira, já que Weber costuma ponderar os argumentos dos colegas e não decide sempre numa mesma direção.

Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada no ano passado apontou, com base em nove mil processos, que, na área penal, ela tem uma harmonia maior com a ministra Cármen Lúcia e com os ministros Fachin e Barroso.

Entre suas decisões importantes nos últimos tempos estão a negativa de dois pedidos para suspender a intervenção do governo federal no Rio de Janeiro, em fevereiro, e o arquivamento de um inquérito de caixa dois contra o senador José Serra (PSDB-SP), em março. 

A ministra também negou o pedido de uma jovem universitária, grávida de 6 semanas, para fazer um aborto, em novembro do ano passado – ela é relatora de uma ação sobre descriminalização do aborto.

Embora já tenha dito em um julgamento da Primeira Turma que é favorável à descriminalização do aborto nos três primeiros meses de gestação, ela decidiu que a ação não era o instrumento adequado para a discussão e, por isso, não avaliou o pedido. Acabou pesadamente criticada nas redes sociais por ser mulher e ter tomado essa decisão.

Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Weber se tornará presidente do TSE em agosto e terá um papel crucial nas eleições deste ano.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Transexuais e travestis têm até 9 de maio para incluir nome social no título de eleitor





Transexuais e travestis que desejam usar o nome social no título de eleitor têm até o dia 9 de maio para fazer a alteração. A determinação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo começou a contar nesta terça-feira (3). A regra também é válida para quem quer atualizar a identidade de gênero no Cadastro Eleitoral ou incluir o nome no caderno de votação das eleições para concorrer ao pleito deste ano.

Além disso, o Tribunal decidiu que as novas emissões de título de eleitor de transexuais e travestis já podem vir com o nome social inserido. A autoidentificação foi reconhecida pelo TSE no dia 1º de março de 2018.

Nome social é aquele pelo qual o transexual ou travesti é socialmente reconhecido. Já a autoidentificação se refere ao gênero com que a pessoa se identifica, ou seja, masculino ou feminino.
Para o relator do caso, ministro Tarcisio Vieira, um dos objetivos é “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de descriminação”.

O presidente do TSE, ministro Luiz Fux, também se pronunciou e disse que “é papel da Justiça Eleitoral zelar pelo respeito às diferenças e atuar para que o exercício da cidadania se dê livre de embaraços e preconceitos”.

No início de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) também resolveu, por unanimidade, permitir que transexuais e travestis possam alterar seu nome no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia de mudança de sexo.

Mais informações sobre como solicitar as alterações você encontra no site no Tribunal Superior Eleitoral: tse.jus.br.

As informações são da AR

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