
Esse debate sobre “tamanho” de governos tem muito a ver com aspectos que vão além do campo da gestão, e perpassam pela concepção política e ideológica da força hegemônica que chega ao poder.
Governos que se situam mais à esquerda no espectro ideológico, como é o caso do atual no Maranhão, tendem a formar uma equipe governamental que contemple amplos setores da sociedade, daí que pastas setoriais como Mulher, Igualdade Racial, Juventude, Agricultura Familar etc, são estabelecidas – a presença do PT no governo Roseana Sarney foi fundamental para que estas áreas fossem mantidas na estrutura de poder.
Nesse sentido, mais do que ser “grande” o governo, seja qual for, tem que ser competente e eficiente!
Governos não são empresas que necessitam de determinadas estruturas enxutas para conter despesas/gastos e garantir o lucro financeiro.
No setor público, ainda que deva obedecer exigências legas como a Responsabilidade Fiscal e adotar algumas medidas de gestão inspiradas na iniciativa privada, o lucro final são os bons serviços prestados à cidadania. Não há, ou não dever haver a priori, lucro financeiro, já que o objeto maior é com o lucro social ou lucro cidadão.
Portanto, não é o “tamanho” do atual governo que o fará melhor ou pior do que o anterior, até porque é da mesma medida.
O que vai definir o sucesso ou fracasso do mesmo é modelo de gestão, o foco, os objetivos, o estilo do governante em gerir a equipe.
E mais: nenhuma das “medidas impactantes” anunciadas na aurora dos primeiros dias do governo, na verdade nem tão impactantes assim, são suficientes para definirmos exatamente o que vem de novo por aí.
Até o momento muita euforia, vontade, palavras bonitas, discursos fortes e muitas boas intenções.
Tudo normal para um governo que acabou de nascer.