Um fotógrafo teve acesso ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o maior presídio do estado do Maranhão e um dos mais violentos do país, e mostrou um pouco do cotidiano dos homens e mulheres encarcerados no local. As imagens foram feitas e divulgadas em primeira mão esta semana pela agência Getty Images.
Em 2013, Pedrinhas foi palco de uma rebelião de detentos que resultou em 60 mortes, dentre as quais houve três decapitações. No ano passado, o local passou por mudanças na administração para tentar controlar o que provocava as tensões.
Segundo a administração, as celas e pátios foram readequados para evitar o convívio entre membros de gangues rivais e permitir que seja mais efetivo o controle feito por agentes penitenciários e policiais militares.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap) também divulgou esta semana que um sistema de videomonitoramento foi instalado no Complexo de Pedrinhas. Com os equipamentos, os presos passaram a ser monitorados em tempo integral nos pavilhões, pátio para visitas, banhos de sol e nos terrenos de capina e de coleta de lixo.
Nos últimos 4 meses, segundo a diretoria, não houve nenhum caso de homicídio no presídio.
Com cerca de 550 mil presos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, atrás de EUA, Rússia e China. Estima-se que o país precise de cerca de 200 mil novas celas para acabar com a superlotação que ocorre em várias prisões.
Nesta quinta-feira (29), a ONG Human Right’s Watch divulgou relatório em que afirma que o Brasil precisa ainda superar problemas envolvendo tortura por agentes policiais, execuções e as condições desumanas das prisões. A organização classificou a tortura como um “problema crônico” nas forças de segurança e centros de detenção do país e também critica o excesso de uso da força letal por agentes.
Do G1, SP