A deputada estadual Eliziane Gama terá que encontrar um discuso convincente na hora de pedir voto para deputada federal se realmente resolver abandonar a candidatura de governadora pelo PPS.
Gama passou os últimos anos fazendo um discurso pela nova política, do combate ao fisiologismo e principalmente pela superação da dicotomia política maranhense entre sarneysistas e antissarneysista.
Sem falar nos eloquentes pronunciamentos feitos da tribuna da Assembleia Legislativa em apoio às manifestações de junho do ano passado que, nas palavras da parlamentar, seriam um “forte recado da juventude por uma nova forma de fazer política”. Hum hum…
Se resolver desistir dessas bandeiras escolhendo por um dos lados da política maranhense, a deputada encontrará dificuldades de convencer aqueles que um dia acreditou que suas palavras eram ditas do seu coração para o coração do povo.
É que boa parte do eleitorado da irmã é composta por formadores de opinião, ou seja, por uma classe média urbana que não cairá facilmente em conversa fiada do tipo: “foi uma decisão do partido”; “a minha igreja que quis”; “o pastor que teve uma revelação” ou coisas do tipo.
Se por um lado é verdade que ninguém que conhece bem Eliziane Gama jamais acreditou na sua candidatura ao governo, não é menos verdade que esse entediamento não teve alcance na sociedade em geral, sobretudo em São Luis onde as pessoas ainda têm a deputada como pré-candidata à governadora e uma potencial concorrente à prefeita em 2016.
Nesse sentido, nossa brava irmã tem que começar a estudar o que dirá a partir da decisão de dar meia volta ao projeto Eliziane Governadora-23.
E preparar o espírito para a possibilidade de começar a ser vista como “mais uma”.
Vigiai, irmã…
Vigiai!!