O ministro do Esporte, André Fufuca (PP), deve entregar seu cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana, em cumprimento a uma resolução da Federação União Progressista, que reúne PP e União Brasil, determinando que seus filiados deixem cargos na gestão.
Fufuca teria comunicado a aliados que não poderia contrariar a direção nacional de seu partido. A determinação para a entrega dos cargos federais até o fim de setembro foi anunciada no início do mês pelos presidentes nacionais do União Brasil, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira.
O ministro assumiu a pasta após negociações entre o PP e o governo Lula no início da gestão, sendo um articulador da composição partidária, com aval de Nogueira para integrar o governo. Ironia do destino, é justamente a lealdade a Ciro Nogueira que agora força Fufuca a deixar o cargo. Em conversas reservadas, ele afirmou que, embora discorde da decisão de seu partido de sair da base de apoio, não tomará atitude contrária ao líder partidário.
A entrega do cargo ao presidente Lula deve ocorrer nos próximos dias. Fufuca manifesta insatisfação com a decisão, especialmente por entender que a saída pode gerar prejuízos eleitorais no Maranhão e comprometer seu projeto de disputar o Senado. A frustração do ministro se intensifica pelo fato de que outros membros da Federação União Progressista planejam manter indicados em cargos federais, alegando que não possuem filiação direta a nenhum dos partidos.