O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ao desembarcar em Genebra (Suíça) na manhã desta quinta-feira (13), que irá conversar com o ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil) e que irá “tomar uma decisão”. Mas disse que ele tem “o direito de provar que é inocente”.
“O fato de o cara ter sido indiciado não significa que ele cometeu um erro”, afirmou Lula. “(Indiciado) significa que alguém está acusando e que a acusação foi aceita”, disse o presidente, que alegou que “estava fora” e não pode ainda falar com seu ministro. “É preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o direito a provar que é inocente”, disse.
Juscelino foi indiciado sob suspeita dos crimes de organização criminosa, além de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.
Lula disse que ainda não falou com ele. “Ainda vou conversar hoje e vou tomar uma decisão sobre esse assunto”. Fontes da presidência estimam que um anúncio deve ocorrer apenas em seu retorno ao país.
Num inquérito, a Polícia Federal afirmou que o ministro faz parte de uma organização criminosa. O centro é um suposto esquema de desvios de recursos de obras de pavimentação bancadas pela Codevasf, uma estatal.
O ministro atacou o indiciamento, alegando ser uma “ação política”. “Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada”, disse. “A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar”, disse Juscelino.
Com informações do UOL