Por causa do estragos que vem causando e os impactos que o novo coronavírus causará ainda mais nos próximos meses no Brasil, o Congresso Nacional já começa a discutir fora de pauta a proposta de adiar as eleições municipais de 2020. A primeira ideia foi do pré-candidato a prefeito em São Luís, o juiz federal aposentado Carlos Madeira (foto abaixo).
Como não existe uma data certa para o fim da crise sanitária e as explicações dadas aos congressistas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta causaram preocupações entre senadores e deputados federais, a classe política começa a despertar para o tema.
Embora a campanha propriamente dita comece oficialmente em agosto, o corpo a corpo entre pré-candidatos inicia mesmo agora a partir de abril. Porém o receio de pegar nas mãos dos eleitores, os abraços, além de participar de reuniões em casas, associações ou clubes, vai virar uma trava aos postulantes.
Aqui no Maranhão a proposta feita pelo pré-candidato Carlos Madeira, ao que parece, ganhou a simpatia do presidente nacional do seu partido, o Solidariedade. O deputado federal Paulinho da Força tratou com alguns colegas parlamentares uma saída jurídica para a questão, caso o vírus se prolongue por mais tempo no Brasil.
O presidente do Solidariedade lembrou que as convenções tem como prazo final a primeira quinzena de julho, o que pode comprometer o calendário eleitoral, sempre de olho nas recomendações dos estados e municípios que estão orientados pelo Ministério da Saúde a evitar eventos e contatos.
A Folha de São Paulo também abriu o debate e ouviu uma série de líderes partidários e a ampla maioria se mostrou preocupada com os prazos. Porém, a luta maior será desfazer a lei que não permite mudanças nas regras no ano da eleição.
Ainda assim, a Folha de São Paulo informa que alguns líderes já começaram a fazer consultas ao Tribunal Superior Eleitoral e cita o caso do líder do Podemos, deputado Léo Moraes (RO). Ele quer sabe se pode unificar as eleições agora de 2020 com as de 2022.