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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Flávio Dino mexeu num vespeiro

Só papa Francisco para mediar a crise entre o Governo do Maranhão e a Igreja Católica.
Diz a lenda que não se briga com quem usa saia: mulher, juiz e padre.
Ao confrontar o padre mexicano Roberto Perez, da Pastoral Carcerária, o governador Flávio Dino chamou para si um briga enorme com a Igreja Católica.
Evidente que não pegou bem para o governador, que se diz católico praticante e que esteve com o papa Francisco em 2013, a declaração de que padre Roberto Perez recebia “mensalinho” de empresas terceirizadas que prestam serviços no Complexo Prisional de Pedrinhas. Foi uma declaração infeliz e inoportuna.
É claro que nenhum homem está acima de qualquer suspeita por ser padre, pastor ou alguma outra liderança espiritual.
Há uma imensa quantidade de padres que comentem os mais absurdos dos crimes, desde pedofilia, estupros e até assassinados. Não é, portanto, a condição de padre que deve fazer do Roberto Perez uma figura insuspeita.
O sistema carcerário maranhense está apodrecido, todos sabemos. As denúncias gravíssimas do agente penitenciário Cézar Bombeiro publicadas no Blog do Robert Lobato, onde cita outras autoridades eclesiásticas, precisam ser apuradas, tanto no âmbito do Governo do Estado quanto, por exemplo, pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa. Aliás, seria de bom alvitre Bombeiro ser convocado pelo parlamento maranhense.
O padre Roberto Perez conta com a confiança e solidariedade da cúpula da Igreja Católica no Maranhão, e de vários ativistas dos direitos humanos. Até o ex-secretário de Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa saiu em defesa da Pastoral Carcerária.
Contudo, se não é ilegal o salário que o clérigo recebia de uma terceirizada para fazer seu trabalho nos presídios, pode ser questionado do ponto de vista ético, por que não?
O fato é que Flávio Dino colocou as mãos de autoridade número um do estado num enorme vespeiro, tanto no que diz respeito ao sistema carcerário carcomido, como no tocante à compra de uma briga com a igreja.
Certa vez, em conversa com um chegado do governador, ouvi dele que Flávio Dino virou um homem ainda mais destemido após o falecimento precoce do seu filho caçula, em 2012.
Pela forma como tem encarado alguns assuntos ligados à segurança no Maranhão dá para entender o que o chegado do governador quis dizer.
Confira a nota da Comissão de Justiça e Paz assinada, também, por Dom Belisário:

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