O objetivo é capacitar e implementar polos pesqueiros no estado, implantando ou revitalizando projetos na região do Munim, Lençóis Maranhenses e Baixada Maranhense.
O secretário Ribamar Sobrinho (Sepaq), acompanhado pelo superintendente de Desenvolvimento da Aquicultura,Fernando Bergmann, têm participado de reuniões com o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins e o diretor técnico, José Morais, para tratar sobre parcerias importantes.
Uma parceria entre o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Maranhão – Sepaq vai capacitar e implementar polos pesqueiros no estado, implantando ou revitalizando projetos na região do Munim, Lençóis Maranhenses e Baixada Maranhense. Os termos da parceria estão sendo articulados em reuniões envolvendo o secretário Ribamar Sobrinho, o diretor superintendente do Sebrae, João Martins e o diretor Técnico, José Morais.
O primeiro projeto da Sepaq vai abranger três municípios da região do Munin e Lençóis Maranhenses, com a implantação de unidades demonstrativas para cultivo de ostras – Icatu, Primeira Cruz e Humberto de Campos. De acordo com o secretário Ribamar Sobrinho, a intenção é implantar uma unidade demonstrativa piloto em Humberto de Campos, por meio de recurso liberado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
“O processo está bem adiantado e em fase de licitação para a unidade de Humberto de Campos. Enquanto isso, as dez famílias do município beneficiadas serão capacitadas para o cultivo de ostras, que já é feito naquela região, mas sem nenhuma técnica”, comenta Sobrinho, informando que a unidade terá capacidade de produzir quatro mil dúzias de ostras a cada seis meses.
Os outros dois projetos que podem gerar parceria entre Sepaq e Sebrae é o de revitalização da Unidade de Beneficiamento de Caranguejo, em Araioses, e a implantação do Projeto de Tanques-Rede para cultivo de tilápia, em cinco comunidades do município de Cajari – ambos projetos que já possuem parceria com a Codevasf.
Em Araioses, a proposta é melhorar a infraestrutura predial da unidade que já existe para o beneficiamento do caranguejo e que está parada há dois anos. Além disso, a Sepaq quer mobilizar outro grupo de catadores para administrar a pequena indústria e fazê-la produtiva, revertendo-se em renda para as famílias dos catadores. “A parceria com o Sebrae seria novamente focada neste segundo ponto, a capacitação dos catadores para a gestão do negócio”, reforça o secretário.
Já em Cajari, o Governo do Estado pleiteia do Sebrae apoio para dinamizar o projeto de Tanques Redes, que beneficiará diretamente 50 famílias em cinco comunidades do município. Cada gaiola terá a capacidade para produzir 500Kg de tilápia por semestre.
Capacitação e gestão
O Sebrae entrará na parceria com capacitação para que os produtores se tornem empreendedores. “Vamos atuar com a nossa expertise. Já executamos inúmeros projetos e ações voltadas para o desenvolvimento da cadeia produtiva da pesca no Estado, assim como no extrativismo do caranguejo-uça, em Araioses, onde trabalhamos diretamente com orientação e capacitação dos catadores e suas famílias”, ressalta o diretor técnico da instituição, José Morais.
Quanto à piscicultura, o Sebrae está com um grande projeto, que vai mobilizar recursos para desenvolver e fortalecer a cadeia produtiva em 28 municípios do estado, nas regionais de São Luís, Pinheiro, Santa Inês e Balsas que vai beneficiar diretamente 420 produtores, em um período de três anos.
“O projeto tem a capacidade de mudar o perfil econômico de algumas regiões, como a Baixada Maranhense. Acreditamos no potencial estratégico do setor, mas cremos que os resultados só podem ser alcançados com um trabalho de articulação dos atores institucionais públicos e privados que estão envolvidos no processo. É fundamental essa governança, que define previamente as atribuições e responsabilidades, mas também necessário um planejamento e monitoramento vigilante das ações, para que os resultados qualitativos sejam de fato significativos”, sinaliza o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins.
Além do potencial de mudar a realidade econômica de várias regiões do estado, o projeto de piscicultura do Sebrae – que investe no setor desde 2009, reverbera conhecimento sobre a criação de peixes no Maranhão. “E esse fato é de grande valor para o futuro, principalmente em um estado afeito ao consumo de pescados como o nosso”, aponta Martins.
De acordo com o Sebrae, em algumas localidades da Baixada Maranhense – como o povoado de Itans, em Matinha, a piscicultura está em fase de profissionalização e tende a melhorar nos próximos anos. Já em outras, a atividade está em fase de organização, com boas perspectivas de desenvolvimento a partir das ações previstas este ano pelo Sebrae e parceiros.
“O projeto prevê o atendimento do público-alvo com cursos, palestras, consultorias e orientações para implementação de soluções em inovação tecnológica, conhecimentos que já mudam realidades e melhoram a qualidade de vida das famílias, como acontece em Itans”, finaliza o diretor técnico, José Morais.