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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Paulinha Lobão: “As mulheres vão decidir esta eleição no Maranhão”


Paulinha Lobão lidera a Caravana das Mulheres pelo Maranhão.
Paulinha Lobão lidera a Caravana das Mulheres pelo Maranhão e tem sido uma guerreira na campanha de Lobão Filho.
Blog do Robert Lobato reproduz entrevista da empresária e apresentadora Paulinha Lobão, concedida ao Jornal Pequeno, edição de ontem, domingo, 31.
Na entrevista, a esposa do candidato Lobão Filho fala sobre a decisão do marido em aceitar ser candidato a governador, o papel das mulheres na campanha e as atividades que ela tem coordenado pelos quatro cantos do Maranhão acompanhada como outras mulheres, inclusive com a aguerrida militância feminina do PT.
Paulinha Lobão tem sido uma verdadeira guerreira nesta campanha de Lobão Filho, além de tem se revelado uma líder carismática e muito bem articulada. Onde tem chegado com a sua “Caravana das Mulheres” é sucesso total.
A seguir a íntegra da entrevista com Paulinha Lobão.
“Eu serei a primeira dama dos sonhos de todos os maranhenses. Eu vou doar do meu coração o que ninguém tira, que se chama amor. É o que falta na política”
Jornal Pequeno – Que avaliação se pode fazer desta campanha de seu marido à sucessão da governadora Roseana?
Paulinha Lobão – Estamos há apenas dois meses em campanha – percorrendo o Estado inteiro, levando às pessoas as nossas ideias e as nossas propostas. E o importante de tudo é que existe algo muito mágico nesta candidatura de Edinho, o que me faz pensar: quando Deus quer, tudo acontece. Quando Deus não quer, nada acontece. Acho que foi o que aconteceu com o Luís Fernando. Não era para ser ele o candidato. É como se fosse mesmo um propósito para o Edinho, o Lobão Filho, assumir esta responsabilidade, sendo o candidato nesta campanha.
JP – Por que este sentimento de algo mágico nesta candidatura?
Paulinha Lobão – Por várias razões. Senão vejamos: quando ele recebeu este convite, ele estava na UTI de um hospital, logo após uma cirurgia terrível. E já tinha sofrido um acidente três anos atrás, acidente este que eu acho que começou a prepará-lo para algo muito maior. Ele sempre foi um homem muito inteligente, que se transformou em um grande empresário, um megaempreendedor. Mas com o acidente se acentuou a humanidade dele e uma sensível transformação da pessoa dele. Isto há três anos atrás.
E agora, novamente, surgiu este chamamento após uma cirurgia, que seria algo simples, de uma hora e meia, uma hérnia de hiato, a correção de uma cirurgia mal feita e ele entrou no centro cirúrgico para uma cirurgia que seria de uma hora e meia.
Mas o que aconteceu foi que as horas foram se passando e veio a angústia de uma espera que parecia não ter fim, quando o médico veio nos avisar: Vocês estão vivendo mais uma vez um milagre; e disse que Deus tem um propósito muito grande para a vida do Edinho. Porque ele não teria mais do que um mês e meio de vida.Acabou sendo uma cirurgia superdelicada e o Edinho, ainda na UTI, recebeu a ligação com o aviso de que ele havia sido escolhido para ser o candidato ao Governo do Estado.
JP – Como ele recebeu este convite?
Paulinha Lobão – Ele passou a refletir e eu, de pronto, me coloquei contra. Disse logo: não aceite. Você está com uma candidatura pronta, tranquila, para o Senado, e já liderando as pesquisas. E ele indagou: E se essa for a minha missão de vida? Eu vou dizer não para Deus? Eu acabei concordando com ele e, naquele momento, assumi esse compromisso como mulher dele, como esposa. E agora é fato: eu não estou medindo esforços e não vou medir esforços para eleger meu marido.
JP – Como surgiu a ideia de lançar o movimento da Caravana das Mulheres?
Paulinha Lobão – Esta ideia surgiu assim que a campanha começou a ser desenhada entre nós e rapidamente passou a ganhar corpo. Entendendo o universo das mulheres, eu, que sou uma mulher que trabalha, que sou uma mulher que é mãe, já sou avó, já tenho minha carreira consolidada, já tenho meus espaços ocupados, dentro da minha vida. E eu percebo e sinto que a maioria das mulheres também tem a sede de ocupar estes espaços. Não se pode perder de vista o fato de que as mulheres são a maioria do eleitorado, ou seja, nós temos a força; nós podemos decidir uma eleição.
JP – Qual a efetiva repercussão desta Caravana no conjunto desta campanha?
Paulinha Lobão – Quero frisar que, no início desta caminhada, eu imaginei que seria um movimento com 200, 300 mulheres, no máximo 500 mulheres. Quando me deparei, logo na primeira, lá na cidade de Codó, estávamos com 10 mil mulheres em torno de nós. Eu fiquei impactada e, num primeiro momento, sem compreender. Agora eu já entendo: o chamamento que eu fiz trouxe as mulheres para uma enorme responsabilidade neste processo eleitoral. Se queremos mudanças, e um olhar para este universo feminino, a gente precisa estar nas ruas. E mostrar que a gente tem essa força. Este era um gigante que estava adormecido até então. E eu fiz este chamamento. Fiz este convite às mulheres, e elas aceitaram o convite.O nosso chamamento surtiu efeito. E volto a frisar: fui em Codó e lá deparei com 10 mil mulheres, isto: 10 mil pessoas. Em Presidente Dutra, foi oito mil e, em Bacabal, 15 mil mulheres. E mais que isso: as crianças, os adolescentes, homens também. As famílias estão com a gente. As pessoas entenderam que a nossa proposta de abertura para um novo momento é um grande lance; é uma inovação.
JP – Pela sua atuação na TV e no rádio, você acha que leva alguma vantagem em relação às esposas dos outros candidatos ao governo do Estado?
Paulinha Lobão – Eu já sou comunicadora. Faz parte da minha vida. Não é algo novo que eu vá viver agora. Eu já fazia caravanas do nosso programa na TV, mas para cantar e dançar. Agora, nesta campanha, as pessoas se aproximam, vêem e se identificam com a apresentadora. Mas é muito mais do que isso. É alguém que eles conhecem, e conhecem bem. Porque o meu discurso na televisão é o discurso do amor, de uma entrega, de uma comunicadora autêntica. O meu programa é C, D e E; são as classes que eu atinjo; a minha comunicação é de massa, que eu consigo com a linguagem do coração. E é esta mesma linguagem do coração que eu levo para as ruas.
JP – De onde vem a convicção de que o seu marido vai ganhar esta eleição?
Paulinha Lobão – Esta convicção vem de tudo o que eu percebo. Eu sou uma pessoa otimista por natureza. Eu já entro para ganhar. Se eu não ganhar, o máximo que eu vou dizer é: fiz o meu melhor. Eu não abro espaço para pensamento contrário disto. Eu estou no momento empenhada ao máximo nesta campanha. E vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para fazer do meu marido o nosso próximo governador. A nossa família toda está engajada. Todos estamos engajados. Por se ter pouco tempo, o ministro Lobão está para um lado, Lobão Filho está para outro, e Paulinha Lobão, Lucas e Tatiana estamos em lugares diferentes, para avançar com a campanha.
JP – Em razão deste seu trabalho rádio e na televisão, você se considera uma celebridade?
Paulinha Lobão – Eu sou uma comunicadora que circula bem em todos os lugares, sou bem recebida em todas as tribos. A minha área é a área da cultura, é a área social, são todas as áreas. Eu tenho uma facilidade tremenda e a grande maravilha é que eu gosto de gente. E isto é realmente espetacular. Daí porque esta nossa Caravana virou um movimento; agora é uma onda. Eu sinto que é um chamado que desperta nas mulheres o sentimento de que elas fazem parte deste processo. E este chamamento foi algo muito importante, muito bom e, como eu sou a Paulinha Lobão que as pessoas conhecem, que as mulheres se identificam na televisão, aquela que assim como elas é mãe, é esposa, é avó, tem família, enfrenta dificuldades e não foge à luta.
JP – No seu modo de ver, qual será o principal desafio do futuro governador do Maranhão?
Paulinha Lobão – Eu não tenho dúvida de que o Lobão Filho será o próximo governador e eu serei a primeira-dama do Estado. E o nosso grande desafio será o resgate da dignidade e da autoestima das pessoas. Eu vou sair do discurso do amor, no palco, para a prática do amor. Onde eu chego tem uma demanda de carinho, de cuidado, tem uma demanda da atenção do feminino. E eu não sei se isto se explica porque o povo está sem primeira-dama há tantos anos. Por isso eu sinto que está surgindo algo novo também para mim.Eu também estou descobrindo algo novo. A cada dia eu me convenço disto: a participação das mulheres no processo político era um gigante adormecido.
JP – O que precisa ser feito para o resgate da dignidade e da autoestima dos maranhenses?
Paulinha Lobão – Precisa ser feito um governo com a ênfase do amor ao próximo. Como o meu esposo vai ser o governador, sei que ele vai ter a vida de milhares de pessoas, de milhares de famílias sob sua responsabilidade. E eu também vou ter a oportunidade de poder ajudar muita gente. No fundo, no fundo, isto é a coisa que eu mais amo de fazer, na minha vida. Eu estou contribuindo e fazendo o máximo, e sem medir esforços, para eleger o meu marido governador, porque eu acredito nele. E eu sinto a responsabilidade imensa que se vai ter pela frente. Eu não vou deixar de contribuir com o meu melhor,com toda a minha inteireza, para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

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