A Força Aérea Brasileira (FAB) vai restringir parte do espaço aéreo de Belém, no Pará, entre os dias 6 e 8 de novembro, em razão da Cúpula de Líderes que antecede a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
O encontro reunirá pelo menos 143 delegações, incluindo chefes de Estado e de governo, ministros e representantes de organizações internacionais, para tratar de compromissos políticos e estratégicos relacionados ao combate às mudanças climáticas.
Para garantir a segurança, a FAB dividiu a cidade em três zonas de controle aéreo: branca, amarela e vermelha. Na zona amarela, o uso de drones será proibido, enquanto na zona vermelha nenhum tipo de voo será permitido, exceto para aeronaves de segurança pública. O núcleo da zona vermelha, chamado “área de supressão”, concentra as reuniões da cúpula acima do Parque da Cidade e não poderá ser sobrevoado por nenhuma aeronave.
A operação contará com cerca de 3.000 militares e foi autorizada por decreto presidencial, permitindo à FAB atuar na defesa do espaço aéreo com aviões, sensores e sistemas antiaéreos, incluindo mísseis. O esquema de proteção segue padrões de eventos internacionais anteriores no país, como as cúpulas do BRICS e do G20, mas terá novidades, incluindo uma sala de controle instalada em Belém.
Além disso, serão utilizados sistemas antidrones no Aeroporto Internacional de Belém, e aviões-tanque farão reabastecimento contínuo das aeronaves sobrevoando a região durante todo o período do evento.
As restrições nas zonas amarela e vermelha valem apenas para a Cúpula de Líderes. Durante a COP30, a segurança será coordenada por outro comando autorizado pelo decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
