O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), confirmou nesta sexta-feira (26/9) que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua carta de demissão, atendendo à decisão do União Brasil de deixar a base governista. Apesar do gesto, ele permanecerá acompanhando o chefe do Executivo em compromissos oficiais na próxima semana, antes da efetivação de sua saída.
No balanço de sua gestão, Sabino ressaltou o crescimento do setor, destacando que o Brasil superou pela primeira vez a marca de 7 milhões de visitantes estrangeiros em um único ano, com expectativa de ultrapassar 10 milhões até o fim de 2025. O ministro também apontou impacto positivo no mercado de trabalho, com a criação de mais de 520 mil postos desde o início do governo, o que elevou para cerca de 8 milhões o total de pessoas empregadas diretamente no turismo. Recordes em aviação civil, ocupação hoteleira, transporte rodoviário e locação de veículos também foram citados como reflexo desse avanço.
Mesmo após formalizar a saída, Sabino aceitou o pedido de Lula para permanecer no cargo até a próxima quinta-feira (2/10), quando o presidente participará em Belém da inauguração de obras relacionadas à preparação da COP30, marcada para novembro na capital paraense.
Sobre os próximos passos, o ministro sinalizou disposição para manter o diálogo com o partido e com outras lideranças, sem indicar um rompimento definitivo.
Com a saída, o governo federal abre espaço para ajustes na composição ministerial em meio às articulações políticas que envolvem partidos da base e aliados estratégicos no Congresso.
Sabino era um dos três integrantes do União Brasil no primeiro escalão. Os ministros das Comunicações, Frederico de Siqueira, e da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ambos indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), devem permanecer nos cargos.