O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol não tem a honestidade que ele tem. A declaração foi dada na abertura do seminário que o PT realizou em São Paulo com o tema “O que a Lava-Jato fez pelo Brasil”. Lula defendeu também a aprovação da lei de abuso de autoridade no Congresso.
— Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida — discursou Lula, no encerramento do evento.
Lula disse que os integrantes da força-tarefa fizeram “a coisa mais sem vergonha da história deste país”. O ex-presidente se queixou que, em março do ano passado, quando foi alvo de condução coercitiva, os agentes da a Polícia Federal filmaram a sua casa e entregaram as imagens para um veículo fazer um filme e que os ipads de seus netos foram apreendidos na ocasião e não foram devolvidos até hoje.
— A Polícia Federal, que é uma instituição que eu aprendi a respeitar e a fortaleci, mas na hora que ela invade a casa de uma pessoa. Na minha casa, entraram com máquina fotográfica no peito, máquina de filmar, e deram para a Veja fazer um filme com as filmagens que eles fizeram na minha casa.
Em petição feita ao juiz Sérgio Moro, a defesa do ex-presidente pediu que produtores do filme “Polícia Federal – a lei é para todos”, sobre a Operação Lava-Jato, não usem as imagens da PF. O produtor do filme, Tomislav Blazic, nega que tenha recebido imagens da Polícia Federal sobre a operação.
Ainda durante o seminário, o ex-presidente reclamou da atuação da força-tarefa.
— A Lava-Jato não precisa do crime. Primeiro, ela acha o criminoso e depois coloca o crime em cima do criminoso.
Lula chamou o procurador Dallagnol de “moleque” ao reclamar que ele teria dito que o PT foi criado “para ser uma organização criminosa”:
— Aquele Dallagnol (vem) sugerir que o PT foi criado para ser uma organização criminosa… O que aquele moleque conhece de política? Ele nem sabe como se monta um governo. Não tem a menor noção. Ele acha que sentar em cima da Bíblia dele dá solução para tudo.
O evento, que foi marcado pelas críticas à Operação Lava-Jato, reuniu juristas, líderes de movimentos sociais e políticos da legenda e de outros partidos, como o senador Roberto Requião (PMDB-PR). (O Globo)
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