© Fornecido por Estadão J? Soares. Retrato
Desde o anúncio da despedida do Programa do Jô, em fevereiro deste ano, Jô Soares rotineiramente avisa, antes de começar as entrevistas da noite, que aquela é a “última temporada do programa na Globo”. A fala do apresentador pode sugerir que o talk-show vai encerrar seu ciclo na emissora, mas terá continuidade em outra. No entanto, por enquanto, são só rumores. Chegou-se a especular que Jô voltaria ao SBT, onde seu late show teve início, ali como Jô Soares Onze e Meia, e foi ao ar entre 1988 e 1999. Jô Soares, entretanto, negou. Assim, o destino do programa ainda é uma incógnita.
O Programa do Jô chega ao fim nesta sexta-feira, 16, após 16 anos no ar na Globo, com a exibição da entrevista com o cartunista Ziraldo, que será gravada no mesmo dia. Ziraldo, aliás, é o que foi mais vezes entrevistado - hoje será sua 24ª vez.
No total, são 7.742 entrevistas feitas por Jô só na Globo - e 14.500 somando com as do SBT. Em 2017, essa mesma faixa de horário será ocupada, a partir de abril, pelo talk-show - ainda sem nome definido - de Pedro Bial, que deixou o comando do Big Brother Brasil para abraçar o novo projeto.
Nesta semana, passaram ainda pelo sofá de Jô nomes como Cláudia Abreu e Tatá Werneck. Mas, nesta última fase do programa, vale destacar a participação do Rei Roberto Carlos, amigo de longa data de Jô. A entrevista, que foi ao ar na sexta passada, 9, trouxe um Roberto mais à vontade para falar sobre sua vida, falar de si e um Jô mais leve, feliz. No final da conversa, Roberto e Jô se emocionaram quando o Rei cantou Amigo especialmente para o apresentador.
O Programa do Jô colecionou outras entrevistas memoráveis, como a do trio de amigas Hebe Camargo, Nair Bello e Lolita Rodrigues, logo na semana de estreia de Jô Soares na Globo, em 2000, marcando sua volta à antiga casa. Um encontro divertidíssimo - e histórico. À época, Jô levava para a Globo o modelo de late show consolidado no SBT, no já citado Jô Soares Onze e Meia.
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ENCONTRO HISTÓRICO
Noite de pura diversão se deu com a presença de Nair Bello, Lolita Rodrigues e Hebe Camargo, que inauguraram o Programa do Jô na Globo, em abril de 2000, provocando muitos risos na plateia e no próprio apresentador. O trio de amigas relembrou episódios da inauguração da TV no Brasil, nos idos da Tupi, em 1950, com Assis Chateaubriand (foto de Arquivo:2/10/2012)
Quando Jô tinha feito o caminho inverso, da Globo para o SBT, em 1988, a imprensa falava insistentemente sobre a estrela do humor de uma emissora líder de audiência que a deixava para ir a um canal “brega” - e as armadilhas que isso poderia acarretar. E Jô só comemorava a liberdade que teria em seu programa, sob as bênçãos de Silvio Santos. Foi uma celeuma. Dois anos depois de programa no SBT, a crítica celebrava o sucesso de Jô Soares Onze e Meia.
O êxito se manteve no Programa do Jô, com um leque maior de entrevistados, algo mais limitado no SBT - e, muitas vezes, foi criticado por falar mais do que o entrevistado.
Referência
Chamado de David Letterman brasileiro, Jô Soares teve como inspiração, na verdade, o Tonight Show, de Johnny Carson, exibido entre os anos 1960 e 1990 - e que foi a mesma referência para outros apresentadores americanos, como o próprio Letterman. De influenciado, Jô se tornou referência para uma outra geração de apresentadores que agora têm seu talk-show, como Danilo Gentili e Fábio Porchat.
“Ele deveria anunciar a aposentadoria dele com cinco anos de antecedência, para podermos nos preparar psicologicamente. Me sinto vazio. Foi por causa do Jô que eu descobri o que queria fazer da vida”, disse Fábio Porchat.
O humorista estreou como apresentador de talk-show neste ano, na Record, e declara ter Jô Soares como sua principal fonte de inspiração. “Ele deixa escrito na história da TV brasileira que já tivemos um grande momento no entretenimento”, avalia Marília Gabriela. “Ele ainda tem muito a oferecer. Espero que ele receba, no mínimo, uma grande homenagem, assim como fizeram nos EUA com o David Letterman.”
Desde o anúncio da despedida do Programa do Jô, em fevereiro deste ano, Jô Soares rotineiramente avisa, antes de começar as entrevistas da noite, que aquela é a “última temporada do programa na Globo”. A fala do apresentador pode sugerir que o talk-show vai encerrar seu ciclo na emissora, mas terá continuidade em outra. No entanto, por enquanto, são só rumores. Chegou-se a especular que Jô voltaria ao SBT, onde seu late show teve início, ali como Jô Soares Onze e Meia, e foi ao ar entre 1988 e 1999. Jô Soares, entretanto, negou. Assim, o destino do programa ainda é uma incógnita.
O Programa do Jô chega ao fim nesta sexta-feira, 16, após 16 anos no ar na Globo, com a exibição da entrevista com o cartunista Ziraldo, que será gravada no mesmo dia. Ziraldo, aliás, é o que foi mais vezes entrevistado - hoje será sua 24ª vez.
No total, são 7.742 entrevistas feitas por Jô só na Globo - e 14.500 somando com as do SBT. Em 2017, essa mesma faixa de horário será ocupada, a partir de abril, pelo talk-show - ainda sem nome definido - de Pedro Bial, que deixou o comando do Big Brother Brasil para abraçar o novo projeto.
Nesta semana, passaram ainda pelo sofá de Jô nomes como Cláudia Abreu e Tatá Werneck. Mas, nesta última fase do programa, vale destacar a participação do Rei Roberto Carlos, amigo de longa data de Jô. A entrevista, que foi ao ar na sexta passada, 9, trouxe um Roberto mais à vontade para falar sobre sua vida, falar de si e um Jô mais leve, feliz. No final da conversa, Roberto e Jô se emocionaram quando o Rei cantou Amigo especialmente para o apresentador.
O Programa do Jô colecionou outras entrevistas memoráveis, como a do trio de amigas Hebe Camargo, Nair Bello e Lolita Rodrigues, logo na semana de estreia de Jô Soares na Globo, em 2000, marcando sua volta à antiga casa. Um encontro divertidíssimo - e histórico. À época, Jô levava para a Globo o modelo de late show consolidado no SBT, no já citado Jô Soares Onze e Meia.
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ENCONTRO HISTÓRICO
Noite de pura diversão se deu com a presença de Nair Bello, Lolita Rodrigues e Hebe Camargo, que inauguraram o Programa do Jô na Globo, em abril de 2000, provocando muitos risos na plateia e no próprio apresentador. O trio de amigas relembrou episódios da inauguração da TV no Brasil, nos idos da Tupi, em 1950, com Assis Chateaubriand (foto de Arquivo:2/10/2012)
Quando Jô tinha feito o caminho inverso, da Globo para o SBT, em 1988, a imprensa falava insistentemente sobre a estrela do humor de uma emissora líder de audiência que a deixava para ir a um canal “brega” - e as armadilhas que isso poderia acarretar. E Jô só comemorava a liberdade que teria em seu programa, sob as bênçãos de Silvio Santos. Foi uma celeuma. Dois anos depois de programa no SBT, a crítica celebrava o sucesso de Jô Soares Onze e Meia.
O êxito se manteve no Programa do Jô, com um leque maior de entrevistados, algo mais limitado no SBT - e, muitas vezes, foi criticado por falar mais do que o entrevistado.
Referência
Chamado de David Letterman brasileiro, Jô Soares teve como inspiração, na verdade, o Tonight Show, de Johnny Carson, exibido entre os anos 1960 e 1990 - e que foi a mesma referência para outros apresentadores americanos, como o próprio Letterman. De influenciado, Jô se tornou referência para uma outra geração de apresentadores que agora têm seu talk-show, como Danilo Gentili e Fábio Porchat.
“Ele deveria anunciar a aposentadoria dele com cinco anos de antecedência, para podermos nos preparar psicologicamente. Me sinto vazio. Foi por causa do Jô que eu descobri o que queria fazer da vida”, disse Fábio Porchat.
O humorista estreou como apresentador de talk-show neste ano, na Record, e declara ter Jô Soares como sua principal fonte de inspiração. “Ele deixa escrito na história da TV brasileira que já tivemos um grande momento no entretenimento”, avalia Marília Gabriela. “Ele ainda tem muito a oferecer. Espero que ele receba, no mínimo, uma grande homenagem, assim como fizeram nos EUA com o David Letterman.”