A sensação é de que o Brasil voltou ao tempo em que a saúde era precária ao extremo.
Só de dengue são mais de 745 mil casos neste ano, uma verdadeira epidemia. E para piorar a situação, além da dengue outras duas doenças, também transmitidas por mosquitos, começam a assombrar os brasileiros.
Trata-se da chikungunya (ou chicungunha) e da zika. A primeira registrou inúmeros casos em países da Ásia e da Europa, e a segunda doença teve os primeiros casos detectada na Bahia.
Em São Luis já foram registrados muitos casos da chikungunya, quase sempre diagnostica como uma “virose”, palavra mágica de médico preguiçoso. Casos de dengue já perdeu até a graça…
O impressionante é que enquanto a população vai ficando liquidada com essas doenças, as autoridades da saúde pública parecem fazer absolutamente nada para ao menos amenizar o sofrimento do povo, principalmente de crianças e idosos.
Cadê, por exemplo, os “carros-fumacê” que dispersava inseticidas no ar para combater o mosquito da dengue e similares? Sumiram, provavelmente viraram fumaça em algum esquema de corrupção lá pela Funasa.
É brincadeira, sô.
Veja a seguir, a diferença entre dengue, zika e chikungunya. E salve-se quem puder…
Dengue
Transmissão: O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti.
Sintomas: Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar – até 18 de abril foram registrados 229 óbitos.
Tratamento: A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar um médico novamente.
Chikungunya
Doença: Até 18 de abril deste ano, foram registrados 1.688 casos de chikungunya. Os primeiros casos “nativos” da doença no Brasil apareceram em setembro do ano passado em Oiapoque, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados casos de pessoas que contraíram a virose fora do país. A origem do chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.
Transmissão: É transmitido pelos mosquitos aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus (presente em áreas rurais).
Sintomas: O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.
Tratamento: Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
Zika
Doença: A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo.
Transmissão: Mais uma vez, o aedes aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo aedes albopictus e outros tipos de aedes.
Sintomas: O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e os pacientes apresentam um quadro alérgico. Os sintomas, porém, são parecidos com os das doenças “primas”: febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite.
Tratamento: Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas e que não contenham AAS.