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sábado, 28 de março de 2015

Eliziane Gama e a CPI da Petrobras

Eliziane Gama tem feito u
Eliziane Gama tem cumprido bem o seu papel de deputada de oposição na CPI da Petrobras.
Sem dúvida alguma, a CPI da Petrobras tem servido de vitrine para muitos deputados de primeiro mandato na Câmara Federal.
Há uma lenda no parlamento de que quando uma CPI é instalada somente para dar justificativa à opinião pública coloca-se a maioria dos seus integrantes apenas deputados do chamado baixo claro.
No caso específico da CPI da Petrobras, instalada no calor das denúncias de corrupção na maior empresa estatal do país, tem tudo para ser séria e de extrema importância para a sociedade brasileira, ainda que a maioria dos integrantes seja de novatos ou deputados sem experiência em CPIs – dos 27 deputados titulares, apenas 10 (18%) têm experiência em CPIs).
Entre os novatos está a deputada Eliziane Gama (PPS), que teve o seu trabalho na comissão elogiado até por quem é alvo das investigações da CPI, como é o caso da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, que durante seu depoimento afirmou reconhecer a “justa luta pelo Maranhão” da parlamentar popular-socialista.
Conta a favor de Eliziane Gama o fato de ser oposição ao governo Dilma, e CPIs são fundamentalmente um instituto das minorias para fustigar os governos.
Evidente que numa Comissão Parlamentar de Inquérito os parlamentares de oposição se sintam mais à vontade, mas soltos, pois a condição de “baladeira” é mais confortável do que a de “vidraça”.
De qualquer forma, a deputada maranhense tem cumprido bem o seu papel na CPI da Petrobras e, com isso, faturado do ponto de vista da exposição na mídia local e nacional – mídia essa, diga-se, tem sido uma parceira de primeira hora da comissão.
E quanto à população maranhense, e em particular a de São Luis, tem conhecimento da boa performance de Eliziane Gama na CPI da Petrobras?
Bom, não é muito fácil saber a que ponto o grande público tem acesso as informações sobre o desempenho da nossa brava e aguerrida irmã nessa CPI. Só uma pesquisa poderia dizer.
Mas que já têm boas imagens para uma eventual campanha de prefeita de São Luis, isso tem…

Entidades que defendem o direito à Mulher emitem carta contra advogado Rafael Silva


Rafael Silva Júnior, jovem advogado, ficou conhecido nos últimos anos como advogado da entidade sindical Apruma (professores da UFMA) e de um grupo de estudantes que decidiu invadir a reitoria da Universidade Federal do Maranhão. Porém a sua carreira pode ficar manchada. Isso ocorre, pois Rafael Silva foi denunciado pelo Ministério Público por suposta agressão à mulher.
De acordo com a investigação, o caso foi registrado na Delegacia Especial da Mulher em maio de 2014, e no dia 27 de fevereiro de 2015 a denúncia formalizada pelo MP foi recebida pelo juiz Nelson Melo de Moraes Rêgo.
Por conta da denúncia, Rafael Silva tomou a decisão de se afastar do cargo de vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), depois que a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público.
No entanto, a situação se agravou para o advogado. No último dia 23 de março, 49 entidades que defendem o direitos das mulheres emitiram de forma conjunta uma carta aberta a sociedade relatando casos de agressões contra mulher por um suposto “defensor dos direitos humanos”.
No documento é revelado um total de seis casos de agressões que teriam sido vividos pela ex-namorada de Rafael Silva: chutes no corpo, sufocamentos, nariz quebrado, mordidas, tapas, xingamentos, além de desqualificação pelo preconceito quanto às suas roupas, condutas e amizades.
O advogado Rafael Silva em recente evento da APRUMA. Ele está entre o secretário de Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré e uma das representantes da APRUMA, a professora de enfermagem Sirliane Paiva
O advogado Rafael Silva em recente evento da APRUMA. Ele está entre o secretário de Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré e uma das representantes da APRUMA, a professora de enfermagem Sirliane Paiva
A acusação de prática de violência contra a mulher teria sido confessada pela própria vítima e por outras pessoas que testemunharam algumas situações das agressões.
Na última, ocorrida em 2014, o advogado teria empurrado a companheira no chão, colocado o pé eu seu pescoço e, com um golpe, virou o corpo da mulher para o lado, fazendo-a bater a cabeça no chão e quebrando o supercílio.
Após as as agressões, fiz o documento, Rafael Silva alegava arrependimento e amor, convencia a mulher a ficar sob seus cuidados, curava os hematomas com diclofenaco e gelo e lembrava a ela que qualquer denúncia enfraqueceria os movimentos sociais e a esquerda.
O processo contra Rafael está parado na Justiça por 1ª Promotora da Vara de Violência Doméstica ter declarado que, por motivos pessoais, não poderia atuar no processo, e 2ª Promotora da Vara de Violência Doméstica, e por um juiz ter tornado a ação sem efeito, no dia 16 de março de 2015, por também ter se declarado suspeito.
O advogado Rafael Silva Júnior não foi encontrado para comentar o assunto.
Confira na íntegra a carta:
Carta Aberta à Sociedade Maranhense: como o machismo vitimiza o agressor
No dia 16 de março de 2015 a militância pelos direitos da Mulher foi surpreendida com a repercussão de um caso de violência doméstica envolvendo dois militantes, em São Luís.
A profusão do caso pelas redes sociais deu-se pela iniciativa do acusado que, diante da denúncia contra si ofertada pelo Ministério Público, tentou ampliar seu espaço de autodefesa e deslegitimar as denúncias feita contra suas atitudes, levando as pessoas que fazem a leitura do texto acharem que ele está sendo perseguido por “uma mulher”, e que isso está acontecendo porque ele é um advogado que defende os grupos mais vulneráveis da sociedade, um defensor dos direitos humanos, numa atitude clara de manipulação dos fatos.
Tomado pelo assombro de ver como um “defensor dos direitos humanos” naturaliza e minimiza a prática de violência contra uma mulher, um grupo de militantes de direitos humanos fez a escuta da vítima e considerou relevante e consistente o que ela relata, corroborado por testemunhos de outras pessoas que observaram certas situações aqui narradas. Torna-se necessário que também nos manifestemos.
Sobre o que a vítima relata – na época da primeira agressão tinha 19 anos – foram SEIS as situações de AGRESSÕES FÍSICAS durante cerca de dois anos e meio de relacionamento. A PRIMEIRA no início do namoro, em meados de 2012. A SEXTA e ÚLTIMA, da qual se tem o boletim de ocorrência – e não foi a mais violenta – ocorreu em janeiro de 2014. Ouvimos horrendos relatos da vítima sobre chutes em seu corpo, sufocamentos, nariz quebrado, mordidas, tapas, xingamentos, desqualificação pelo preconceito quanto às suas roupas, condutas, amizades. Da última vez, ele empurrou-a no chão, colocou o pé no pescoço dela e com um golpe virou o corpo dela para o lado fazendo-a bater a cabeça no chão e quebrando o supercílio. Na maior parte das agressões o advogado alegava arrependimento e amor, convencia a agredida a ficar sob seus cuidados, curava os hematomas com diclofenaco e gelo e lembrava à vítima que qualquer denúncia enfraqueceria os movimentos sociais e a esquerda.
Tentando dar um fim a este ciclo de violência, a vítima registrou os Boletins de Ocorrências de n.º 385/2014, em 23 de janeiro de 2014 e n.º 834/2014, de 21 de fevereiro de 2014, ambos na Delegacia Especial da Mulher. Pressionada por militantes a reatar o relacionamento, a ofendida não cedeu às investidas.
Decretada as Medidas Protetivas de Urgência em março de 2014, até hoje o agressor se furta receber a intimação da decisão judicial. A investigação policial foi conclusiva quanto à prática de lesão corporal grave, sendo remetida ao Ministério Público em 29 de maio de 2014. Após ter ficado algum tempo nas mãos da 1ª Promotora da Vara de Violência Doméstica, esta declarou que por motivos pessoais não poderia atuar no processo. Por fim, a 2ª Promotora da Vara de Violência Doméstica, denunciou o acusado em 19 de janeiro de 2015. A denúncia foi recebida pelo juiz em 27 de fevereiro, porém este a tornou sem efeito na data de 16 de março de 2015, alegando que, por ter se declarado suspeito na ação das medidas protetivas de urgência, não poderia atuar na ação criminal. Portanto, o processo encontra-se parado aguardando que um novo juiz seja designado. Um processo moroso e cruel e que tem sido recorrente na Vara da Mulher de São Luís.
Inacreditavelmente, as palavras do agressor vem ganhando apoio, inclusive de agentes públicos que alegam testemunhar a salubridade das suas relações familiares e afetivas, ignorando completamente o contexto da situação e agindo como se seu passado o tornasse isento de responder por qualquer agressão que venha a cometer.
Transformar a violência domestica praticada por um ativista contra uma também ativista, em uma situação de “perseguição” é na verdade uma manipulação que não pode ser aceita pelos movimentos sociais sob pena deste pactuar com um machismo que mata todo dia 5 mulheres no Brasil!
Mortes de mulheres seriam evitáveis se as instituições funcionassem a serviço da efetivação da Lei Maria da Penha e no combate implacável à discriminação, preconceito e violação dos direitos humanos das mulheres!
Repudiamos veementemente a velha prática de desqualificar a vítima, ainda mais quando este agressor é um operador do direito e um ativista de direitos humanos.
Repudiamos a atitude desqualificada do Judiciário maranhense ao permitir que uma Medida Protetiva de Urgência fique um ano rodando pelas gavetas de oficiais de justiça sem a devida citação do agressor.
Exigimos que o Poder Judiciário adotar os procedimentos legais para a resolução do caso. Justiça tardia não é justiça, é injustiça disfarçada.
Pela aplicação efetiva da Lei Maria da Penha!
Punição dos agressores independente de classe, raça, credo, posição política e profissão!
24 de Março de 2015.
Signatárias
Articulação de Mulheres Brasileiras
Articulação de Mulheres do Amapá
Articulação de Mulheres Indígenas do Maranhão
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB
Associação de Mulheres do Bacuri e Adjacência – ITZ – MA
Associação de Mulheres do Município de Divinópolis – MA
Casa 8 de Março – TO
Centro de Assessoria Jurídica universitária de Teresina –CAJUINA – PI
Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – MA
Coletivo Batuque Feminista – PI
Coletivo Feminino Plural – Porto Alegre – RS
Coletivo Por Lutas e Conquistas
Coletivo Feminista Diadorim – PE
14.Conselho Municipal dos Direitos da Mulher/Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Coordenação e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão – COAPIMA
Corpo de Assessoria Jurídica Estudantil da Universidade Estadual do Piauí-CORAJE
Cunhã – Coletivo Feminista – PB
Diretório Central dos Estudantes – JM UEMA Imperatriz MA
Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social
Fórum Maranhense de Mulheres- PE
Fórum da Sociedade Civil do Município de Davinópolis – MA
Fórum de Cearense de Mulheres
Fórum de Mulheres de Imperatriz
Fórum de Mulheres de Pernambuco
Fórum Goiano de Mulheres
Fórum Permanente de Cidadania de Colinas – MA
Fóruns e Redes de Defesa dos Direitos da Cidadania do Maranhão
Gesto&Ação/SP
Instituto de Estudos Feminista da Amazônia
Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde (Imais/BA)
Movimento de Lésbicas e Mulheres da Bahia
Mulheres da Executiva dos Estudantes de Farmácia
Mulheres da Federação Nacional dos Estudantes de Direito – FENED
Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular – NAJUP – Negro Cosme
Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Comunitária Justiça e Atitude- NAJUCJA
Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba – PB
Rede Estadual de Assessoria Jurídica Universitária do Piauí – REAJUPI
Rede Feminista Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva
Rede Mulheres Negras – PR
Redeh – Rede de Desenvolvimento Humano – RJ
RUA – Juventude Anticapitalista
Setorial de Mulheres do PSOL – MA
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS/Núcleo de Gênero e Diversidade
Sindicato Dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino em Davinópolis – MA
SOS Corpo – PE
Tambores de Safo – CE
União Maranhense dos Estudantes de História
48. Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) – Brasília
Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular – MG

Classe política discute novas ações para as cidades maranhenses


Gil Cutrim coordenou a reunião entre gestores públicos municipais e a Bancada Federal em Imperatriz.
Gil Cutrim coordenou a reunião entre gestores públicos municipais e a Bancada Federal em Imperatriz.
Prefeitos de várias regiões do estado discutiram nesta sexta-feira (27), em Imperatriz, com membros da Bancada do Maranhão em Brasília e representantes do Governo Federal uma série de novas ações, principalmente no setor da mobilidade urbana, para serem implementadas nas cidades maranhenses.
A reunião de trabalho fez parte das atividades da versão 2015 do “Município em Foco”, projeto desenvolvido pelo presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar), em parceria com a Bancada e a administração do prefeito Sebastião Madeira (PSDB).
Participaram da plenária os deputados federais Pedro Fernandes (PTB e coordenador da Bancada), Cleber Verde (PRB), Weverton Rocha (PDT), Fufuquinha (PEN), Zé Reinaldo (PSB), Hildo Rocha (PMDB) e Deoclides Macedo (PDT); o senador Roberto Rocha (PSB); os deputados estaduais Ricardo Rios (PV), Valéria Macedo (PDT), Marco Aurélio (PC do B) e Glalbert Cutrim (PRB) – este último representou a Assembleia Legislativa no evento – além de vereadores e outras lideranças políticas da região.
Aos representantes do Governo Federal – dentre eles os superintendentes regionais da Caixa Econômica Federal e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hélio Durans e Gerardo Fernandes, respectivamente – foram feitos questionamentos acerca de projetos das cidades que continuam tramitando nos órgãos para liberação de recursos.
Já à Bancada, foi reivindicado apoio irrestrito à execução de importantes ações no setor de mobilidade urbana, tais como recuperação e duplicação de rodovias federais interligando os municípios; disposição do Governo Federal em firmar parcerias com as Prefeituras para executar obras de infraestrutura; e implantação, na região Tocantina, de uma superintendência regional da CEF, por exemplo.
“A reunião foi muito proveitosa, uma vez que estabelecemos um canal permanente de diálogo envolvendo os agentes políticos em favor dos municípios e construímos uma pauta de reivindicações das cidades que iremos viabilizar junto ao Governo Federal”, avaliou Gil Cutrim ressaltando que novos encontros entre os gestores públicos municipais e a Bancada serão realizados, em breve, em outras regiões do estado.
Para a prefeita de Vila Nova dos Martírios e presidente da Associação dos Municípios da Região Tocantina, Karla Batista, o encontro serviu para unificar o discurso e juntar forças no sentido de viabilizar as necessidades dos municípios em Brasília.
Pedro Fernandes elogiou iniciativa da Famem classificando-a como um marco na história política do estado. “Foi a primeira vez que um encontro deste tipo aconteceu na região Tocantina e foi fundamental para a unificação da classe política em favor de um trabalho amplo direcionado aos municípios”.

PT aposta em Lula para defender governo Dilma, garante deputado paulista

© Foto: Eraldo Peres/APSão Paulo, 28 mar (EFE).- O PT aposta na figura do ex-presidente Lula para convocar movimentos sociais a defender o mandato de Dilma Rousseff, em meio a uma crise política derivada do escândalo de corrupção na Petrobras, garantiu à Agência Efe o deputado federal Paulo Teixeira, sexto mais votado da legenda em São Paulo.
'Lula tem capacidade de orientar para buscar uma unidade no discurso de defender o PT. E também tem a capacidade de orientar mudanças no PT, de exigir maior transparência no partido e defender o governo de Dilma', disse o parlamentar.
O ex-presidente será a principal figura na reunião convocada para segunda-feira na capital paulista pela direção nacional do partido que dará iniciou a uma série de atividades para defender o governo em manifestações populares.
Em 15 de março, quase 2 milhões de pessoas realizaram protestos nas maiores cidades, o principal deles em São Paulo, contra o governo da presidente Dilma Rousseff, muitas das quais reivindicavam o impeachment por conta do escândalo de corrupção na Petrobras.
Segundo Teixeira, Lula deverá dar impulso ao projeto do PT de fazer uma reforma política que elimine o financiamento privado de empresas em campanhas políticas.
Nesse marco e frente ao avanço das manifestações opositoras, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou um vídeo convocando à militância a iniciar a partir de segunda-feira 'uma verdadeira mobilização popular' em todos os estados para defender o partido que comanda o país desde 2003.
O governo Dilma apostou suas fichas este ano no plano de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que prevê maior rigorosidade em benefícios sociais, como o seguro de desemprego, o que provocou a rejeição das centrais sindicais.
Foram exatamente a Central Única de Trabalhadores (CUT), o Movimento Sem-terra (MST) e a União Nacional de Estudantes (UNE) que preparam uma mobilização nacional à qual aderirá o PT e parte da esquerda governista para 7 de abril.
A popularidade da presidente, de acordo com uma pesquisa do Datafolha, caiu a 13%, isso depois dela ter sido reeleita com pouco mais de três pontos percentuais de diferença no segundo turno, realizado em outubro do ano passado contra Aécio Neves (PSDB).
A oposição, por sua vez, não vê mais a figura de Lula como agregadora como foi em outros tempos, sobretudo depois dos escândalos relacionados a Petrobras.
Na última quinta-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou em entrevista à 'Folha de S. Paulo' que enxerga um enfraquecimento da principal liderança do PT. 'O Lula perde hoje', disse o presidente de honra do PSDB, sobre uma possível saída de Dilma e convocação de novas eleições.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Dino: “O poder do grupo Sarney não se encerra com a derrota nas urnas”

Diário do Centro Mundo – Flávio Dino de Castro e Costa, 46 anos, advogado, foi um dos coordenadores da ala juvenil da campanha de Lula em 89, na sua época de movimento estudantil, e presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe). Saiu da carreira jurídica aos 38 anos para se dedicar à política.
Em 2014, foi eleito o primeiro governador do PCdoB no Maranhão, rompendo com décadas de dinastia da família Sarney. A vitória foi conquistada com 63,71% dos votos válidos. Sua vitória foi uma surpresa porque seu opositor Edison Lobão teve ampla cobertura e apoio da mídia local.
Conversamos com Flávio Dino sobre a força da família Sarney em seu estado, a Operação Lava Jato, e as relações da gestão Roseana Sarney com o doleiro Alberto Youssef.
Qual é a real influência dos Sarney no Maranhão? Eles continuam com muito poder? 
A dominação dos principais meios de comunicação pelo grupo Sarney foi construída ao longo das décadas, inclusive com o uso de influência na esfera nacional. E isso não se encerrou com a mudança da administração estadual. Os maiores impérios de comunicação continuam sob o domínio do grupo Sarney e seus aliados, muitas vezes sendo utilizados como plataforma de vinganças, agressões e sectarismos.
Para enfrentar esse cenário que permanece, temos apostado na mobilização social, na interiorização das ações de governo e vamos iniciar um processo de democratização da política oficial de comunicação. Antes ela era direcionada quase que exclusivamente aos veículos ligados à família Sarney. Pensamos em trilhar o caminho da pluralização das vozes que atuam no espaço público maranhense. Monopólios e oligopólios são muito nocivos, e isso está na Constituição.
O senhor acha que existe possibilidade de algum dos Sarney voltar ao poder no Maranhão?
O poder do grupo Sarney não se encerra com a derrota nas urnas, pois ainda possui uma complexa rede de sustentação. Provavelmente o que haverá é uma reorganização desses setores.  O nosso trabalho será para que, independentemente dos sobrenomes dos próximos governantes, que eles não retrocedam nos avanços sociais e que jamais governem novamente com um poder coronelista, antidemocrático e antipopular.
O senhor acredita que o PMDB está se rebelando dentro da base aliada do governo Dilma?
Tenho insistido que a crise econômica internacional, que só agora chegou mais fortemente ao Brasil, deve ser enfrentada mediante um amplo entendimento nacional. Claro que o exemplo deve começar da base governista. O PMDB já está muito bem contemplado na aliança de governo e não tem razões reais para provocar instabilidades. Quando analiso essas questões, sempre penso como seria bom um diálogo entre o PT e o PSDB, os dois principais partidos brasileiros que polarizaram as seis últimas eleições presidenciais. Ajudaria o país a continuar avançando. O palanque de Lula no segundo turno de 1989 não sai da minha lembrança.
Certo, mas e a reação forte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está na lista de acusados da operação Lava Jato? Não é um sinal de rebelião?
Acho que todo acusado de crimes tem o direito sagrado de se defender. O Supremo Tribunal Federal tem grande independência institucional no Brasil, de modo que não creio que eventuais pressões políticas possam alterar o rumo das coisas. Quem tiver envolvido em crimes deve ser punido. Isso vale para todos, incluindo ele, se algo for provado, e todos os partidos. Não devem existir “intocáveis” em uma República verdadeira.
O que o senhor achou das denúncias que resultaram na lista dos 47 políticos indiciados pelo procurador Rodrigo Janot e que devem ser investigados?
O Brasil já passou por atribulações parecidas. Basta que a gente lembre da CPI dos anões do orçamento  em 1993.  É preciso ter serenidade e paciência. Deixar as instituições cumprirem suas funções com liberdade. São disparatadas as ameaças de retaliações contra o Ministério Público. Acho que há um natural choque nesse primeiro momento. Porém, depois tudo deve se acalmar. Quem realmente cometeu coisas erradas deve ser punido. E vários serão absolvidos, pois terão processos arquivados.  Certamente o povo sabe separar o joio do trigo.
O senhor mandou apurar um precatório relacionando Roseana Sarney e Alberto Youssef na Lava Jato?
Foi um dos decretos assinados ainda no dia 1º de janeiro, quando eu assumi o governo do Maranhão. Instituímos uma comissão que está analisando todas as etapas da estranha transação que levou aos pagamentos. O doleiro Alberto Youssef foi preso em São Luís por causa desse precatório. E ele diz que pagou propinas a autoridades do governo passado. Claro que nós ainda temos que apurar a verdade nisso.
No momento, os repasses das parcelas do precatório foram suspensos e as investigações estão sendo realizadas pela comissão formada por membros da Procuradoria Geral do Estado, da Casa Civil e da Secretaria de Transparência e Controle. Existem também investigações na polícia, cujo seu desfecho nós aguardamos. Estamos investigando o precatório entre o governo Roseana Sarney e Alberto Youssef.
O que tem achado da atuação do juiz Sérgio Moro na investigação da Lava Jato?
Conheço o juiz Sérgio Moro, respeito muito sua trajetória e sua atuação em nome da probidade administrativa. Natural e democrático que acusados reajam a decisões que consideram injustas. Claro que não conheço todos os detalhes dos processos judiciais, mas à distância me parece que o juiz Moro tem feito um trabalho acertado e legitimado por critérios técnicos.
São processos importantes para a política brasileira, para que a partir deles sejam revistas inclusive as regras das eleições, com a o fim do financiamento empresarial das campanhas. Ou, pelo menos, que haja leis de limites de gastos, impondo campanhas mais baratas e isonômicas. Os gastos com campanhas no Brasil são absurdos se compararmos com outros países democráticos. Aí está a maior fonte de problemas, que se transformam periodicamente em grandes escândalos.
Houve cortes de 400 pagamentos com irregularidades no governo e até do salmão e do bacalhau de cardápio previstos em licitação. Sua gestão será marcada pela austeridade?
Recebemos um estado com muitas dívidas e caixa quase zerado. Encontramos nos cofres do governo um saldo de R$ 24 milhões, mas com uma dívida que superava R$ 1,3 bilhão. Diante deste cenário, estamos fazendo cortes de custeio, sobretudo no que se refere ao fim de privilégios que existiam na máquina pública e no combate firme a superfaturamentos e desvios.
Foram essas medidas que nos permitiram honrar compromissos inadiáveis e aumentar despesas em áreas essenciais, como a educação. Reajustamos os salários dos professores e contratamos mais para garantir aulas normais aos nossos jovens.
Como é assumir um governo com uma dívida bilionária?
Lamentamos muito que a Lei de Responsabilidade Fiscal não tenha sido cumprida. O que causa mais indignação é que não havia razões econômicas para tantos problemas que herdamos. Na verdade, houve a priorização de gastos absurdos pelo governo passado, enquanto que coisas sérias iam sendo dolosamente atrasadas. Por exemplo, só a má fé pode explicar deixar contas de energia atrasadas. Houve uma deliberada política de “terra arrasada”.
Como o senhor se sente como o primeiro governador eleito do PCdoB em todo país?
Tenho muita responsabilidade e também muita vontade de fazer as mudanças necessárias no Maranhão. O PCdoB tem uma trajetória de lutas pelos direitos dos trabalhadores e pela defesa do desenvolvimento soberano da nossa Nação. Me filio a essa tradição com muita alegria.
Por que seu partido não tenta mais vezes as eleições para cargos executivos?
Nosso partido valoriza e respeita muito seus aliados. Sempre levamos em conta qual o partido que, em dada conjuntura, está em posição melhor para liderar os processos de transformação. No combate à ditadura, participamos de uma grande frente que era o MDB. Depois de consolidada a democracia, desde 1989 consideramos que o PT passou a ser uma força política determinante para as propostas que defendemos no plano nacional.  Isso não impede que mantenhamos identidade própria e às vezes até enfrentemos o PT, quando consideramos que sua política não é a mais adequada para um determinado estado ou município.
O que o senhor achou das escolhas de Dilma para o Ministério da Fazenda e o time econômico? Foi uma ruptura necessária da condução do país?
A história vai responder isso. Numa conjuntura econômica extremamente adversa, alguma alteração da política fiscal infelizmente era necessária. Só espero que a nova equipe não erre na dose do ajuste, o que poderia provocar uma desastrosa recessão e total paralisia dos investimentos. E é preciso que haja medidas de ampliação da arrecadação sobre o capital financeiro e sobre as grandes fortunas.
O senhor diz que fará a “revolução burguesa” no Maranhão. Quando haverá a revolução comunista maranhense?
Sou socialista e luto por um novo caminho para a humanidade e para o meu país. Obviamente conheço os limites econômicos e constitucionais que regem a minha função de governar um estado. Quando falei em “revolução burguesa”, refiro-me ao momento da história da humanidade em que determinados postulados tornaram-se hegemônicos, a exemplo da igualdade de todos perante a lei. Esse postulado em tudo é incompatível com um regime oligárquico e coronelista como tínhamos no Maranhão. Com essas premissas, vejo que governar com um pensamento de esquerda significa, acima de tudo, buscar promover o máximo de igualdade possível. Essa é a maior meta, com a garantia crescente de serviços públicos e direitos básicos para todos.

Questionada por Eliziane, Graça Foster explica encerramento de refinaria…

“Na região Nordeste, a população não tem uma boa imagem da senhora, por que foi durante sua gestão que houve a suspensão das refinarias Premium, no Maranhão, e no Ceará”

Eliziane Gama, durante depoimento de Graça Fostrer

Eliziane Gama: protagonista na CPI
Eliziane Gama: protagonista na CPI
A deputada Eliziane Gama (PPS0 protagonizou hoje mais um momento importante da CPI da Petrboras, durante o depoimento da ex-presidente da companhia, Graça Foster.
Gama perguntou a Foster quais motivos levaram a Petrobras a cancelar o empreendimento no Maranhão (Premium I) que, somente na fase de projeto e terraplanagem, custou R$ 2 bilhões.
A suspensão da obra ocorreu em janeiro de 2015.
Ao responder, Graça Foster disse que pediu à Petrobras documentos para mostrar os motivos do cancelamento da refinaria. A papelada foi entregue pessoalmente à deputada maranhense, que também é coordenadora da Comissão Externa da Câmara que acompanha o assunto.
- Tenho acompanhado o trabalho da senhora nesta CPI e saúdo pela insistência. Mas não fizemos (a refinaria) porque não temos sócio e não temos dinheiro para fazer neste momento - justificou a ex-executiva da Petrobras.
Novamente questionada pela deputada, a depoente disse que no momento não há previsão de retomada da execução da refinaria, mas que se o cenário econômico melhorar e se a demanda pelo refino de petróleo aumentar, a estatal pode, no futuro, reestudar esta questão.
- Se a demanda cresce, a esperança permanece. E se a economia cresce e consumo cresce nem tudo está perdido - acrescentou.
Eliziane também indagou Graça Foster se ela estaria “vivendo um dilema entre os princípios éticos e suas posições partidárias, já que o PT está neste emaranhado de denúncias que estamos acompanhado na Petrobras”.
Foster respondeu que não vive em dois dilemas…

Homem é preso em Bacabal com 33 cartões do Bolsa Família


Um homem identificado como Francisco das Chagas Araujo, foi preso em flagrante agora a pouco portando ao todo 57 cartões, sendo eles 33 somente do bolsa família, e 24 cartões de outras agências.
A Polícia Civil não descarta a hipótese de agiotagem. O homem nega informando que prestava favores para alguns moradores de Alto Alegre – MA, que teriam dificuldade de se locomoverem até Bacabal para efetuar os saques. O homem se encontra preso e a Polícia investiga o caso.

Entenda os próximos passos do julgamento de Bolsonaro no STF

  A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (9) o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-p...