O senador Edison Lobão (PMDB) ocupou a tribuna do senado federal ontem, para se defender contra as acusações de integrar o esquema de corrupção da Petrobrás. Em seu discurso, o ex-governador foi enfático ao afirmar que está sendo injustiçado.
“É uma injustiça não só comigo, mas como a outros integrantes da lista de investigados. É degradante e injusto se submeter a um processo porque o delator, para escapar de seus crimes, mencionou seus nomes”, disse ele, referindo-se a Paulo Roberto Costa, ex- diretor da estatal, beneficiado com a delação premiada.
O senador negou as acusações de que teria pedido 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney ao Governo do Maranhão em 2010, e a de que Costa só se manteve no cargo de diretor da Petrobrás, que ocupou em 2006, graças à ajuda de nomes da cúpula do PMDB, entre eles, Lobão. O senador afirmou que naquele ano ainda não estava filiado ao partido.
“Em 2006, eu sequer era filiado ao PMDB, o que vim a fazer no dia 9 de setembro de 2007, um ano depois, quando o senhor Paulo Roberto Costa já estava mantido no cargo”, argumentou.
Para ele, as acusações estão sendo feitas com base em depoimentos controversos os tornando inconsistentes. Ele afirmou estar sofrendo violência e que “não pode se calar diante da injustiça que tenho sido vítima”, concluiu.