As twittadas do governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, não estão em nada agradando aos internautas das cúpulas dos partidos que formaram aliança para ganhar a eleição. Com exceção de Neto Evangelista (PSDB) para a secretaria de Desenvolvimento Social, todas as outras indicações estão sendo da cota pessoal ou de pessoas filiadas ao partido, PCdoB.
O governador já indicou o da Articulação Política, Marcio Jerry, Chefia de Gabinete, Lene Rodrigues, Segurança Pública, Jefferson Portela, Cerimonial, Telma Moura, Infraestrutura, Cleyton Noleto, todos do PCdoB.
Além destes, Eduardo Lago para a Emap, Rodrigo Lago para a Transparência e Procuradoria Geral do Estado, Eduardo Maia. Estes últimos da cota pessoal de Flávio Dino. No caso de Neto Evangelista, foi a maneira que encontrou para agradar o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, pois o seu primo Rafael Leitoa vai assumir no lugar de Evangelista na Assembleia Legislativa.
A banda do PT que apoiou Flávio Dino ficou inconformada com a indicação de Neto Evangelista, pelo fato do deputado pertencer ao PSDB de Aécio Neves.
“Como vamos dar ao PSDB do Maranhão uma secretaria que vai comandar um dos maiores volumes de recursos ao longo desses quatro anos de governo? Só para recordar a partir de janeiro a pasta vai ter mais de R$ 2 bilhões oriundos do empréstimo junto ao BNDS. Ou seja, é o dinheiro federal sendo comandado no Maranhão pelos tucanos”, reagiu hoje pela manhã um petista bastante próximo do futuro governador.
Os outros partidos que formam a aliança como o PSB do deputado eleito Zé Reinaldo Tavares, SDD de Simplício Araújo, o PP de Waldir Maranhão, estão inquietos pelo fato de que ninguém dos seus quadros foi contemplado até agora, ou pelo menos, sondados.
A pasta da Educação vem sendo pleiteada pelo PDT mas, tem sido de martelo e foice no escuro a disputa ferrenha com o SIMPROESSEMA. O sindicato dos professores exige para ele a SEDUC. Boa parte da categoria é formada por comunistas.
As primeiras crises, por enquanto, estão nos bastidores, mas pode ser que alcance proporções capazes de fazer estourar a panela de pressão do futuro governo.